Presidente do Banco Central

Campos Neto: Inflação de commodities deve continuar a pressionar no curto prazo

Campos Neto apontou que o fenômeno é similar em outros países emergentes, mas que a depreciação do real é a mais exacerbada, o que gera mais inflação global, para além do movimento global

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Investing.com – Alta das commodities no exterior não tem sido acompanhada pela apreciação da moeda local, apesar de sermos um país exportador, por conta do cenário fiscal turbulento, o que deve continuar a pressionar a inflação de curto prazo no Brasil, disse o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, em evento nesta terça-feira (30).

Campos Neto apontou que o fenômeno é similar em outros países emergentes, mas que a depreciação do real é a mais exacerbada, o que gera mais inflação global, para além do movimento global.

Com isso, ele justificou a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de, no início de março, tirar a taxa básica de juros, Selic, da mínima histórica de 2% e iniciar uma trajetória de normalização “mais cedo, para que a alta total pudesse ser menor”.

Ele pontou que a inflação cresceu rápido e passou a contaminar os cenários para 2022, sendo "importante frear movimento”.

RCN também retificou a posição do Copom de que a recuperação econômica deve vir este ano, sinalizada como mais rápida que o esperado no quarto trimestre de 2020. Para ele, não há “superotimismo” do Banco Central, principalmente quando se olha para o número de doses da vacina já contratadas pelo Ministério da Saúde. Para ele, “é possível que grande parte do grupo de risco esteja vacinado em até dois meses”.

Sobre os números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados nesta terça-feira, que mostraram a criação de mais de 400 mil vagas em fevereiro, Campos Neto pontuou que o segmento formal mostrou recuperação mais acelerada.

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