A Genial Investimentos reafirmou sua recomendação de compra para as ações da Brava Energia (BRAV3), apontando o potencial de valorização da empresa caso se concretize a venda de seus ativos on-shore.
A casa acredita que, sob premissas conservadoras, o mercado já precifica a Brava em níveis que refletem o pior cenário possível para seus ativos, sugerindo que a venda poderia destravar valor significativo para a companhia.
Por que a Brava quer vender os ativos on-shore?
Na última terça-feira (17), a petroleira informou que assinou um contrato de exclusividade com a Azevedo & Travassos (AZEV4) para analisar a venda dos ativos no Polo Potiguar, localizado no Rio Grande do Norte (RN).
Mas os rumores que circulam na mídia dão conta de que a companhia também pretende vender o Polo Recôncavo e com isso, levantar um valor na casa dos US$ 2,1 bilhões.
Essa decisão faz parte de um plano estratégico de reduzir a dívida da empresa, liberar fluxo de caixa para dividendos e focar em ativos mais rentáveis.
No entanto, a Genial considera que o valor mencionado nos rumores pode ser conservador, dado o valor estimado de seus ativos em certificações de reservas anteriores.
A corretora utilizou um modelo de análise de sensibilidade com dois cenários possíveis: um com US$ 2 bilhões pelos ativos on-shore e outro com US$ 2 bilhões pelos ativos on-shore mais 50% da avaliação dos ativos off-shore, considerando a dívida financeira.
A conclusão é de que, mesmo em um cenário pessimista, com avaliações conservadoras, o preço das ações da Brava já reflete esses riscos, o que poderia indicar uma oportunidade de valorização significativa, caso a transação se concretize.
Por fim, a Genial aguarda a próxima certificação de reservas da Brava, prevista para o primeiro trimestre de 2025, para ajustar suas previsões e validar as premissas adotadas na análise.
A corretora acredita que, caso o “farm-out” aconteça sob condições razoáveis, a Brava (BRAV3) tem grande potencial de destravar valor para os acionistas.