Desanimou...

Cosan (CSAN3): XP Investimentos corta preço-alvo após fracasso trimestral da Raízen e venda de ações da Vale

Casa espera uma queda significativa no lucro da companhia referente ao quarto trimestre de 2024, que será divulgado dia 26 de fevereiro

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A XP Investimentos cortou o preço-alvo para as ações da Cosan (CSAN3) de R$ 18,50 para R$ 17,00 por papel. E o motivo? A casa está desanimada com uma soma de fatores envolvendo a companhia.

O mais recente foi o resultado financeiro do 3° trimestre fiscal 2024/2025 da subsidiária Raízen (RAIZ4), que ficou abaixo das expectativas.

O EBITDA (lucro antes juros e amortização) ajustado consolidado foi de R$ 3,1 bilhões, uma queda de 21% na comparação anual.

Esse desempenho foi afetado pela queda nas operações de Mobilidade no Brasil e na América Latina, além de despesas financeiras e tributárias superiores ao esperado.

Essa frustração se soma ao desinvestimento da Cosan nas ações da Vale (VALE3), com a venda de sua participação por R$ 9,1 bilhões.

Isso porque, segundo a XP, a venda impactou a soma das partes (SOTP) e ajustou a exposição da Cosan ao setor de mineração.

Diante disso, casa espera uma queda significativa no lucro da companhia referente ao quarto trimestre de 2024.

As expectativas da XP Investimentos para o 4° trimestre da Cosan

A Cosan (CSAN3) está prestes a divulgar seus resultados financeiros do 4º trimestre de 2024, em 26 de fevereiro, e a XP Investimentos já projeta um EBITDA proforma de R$ 5,56 bilhões, o que representa uma queda de 8% em relação ao trimestre anterior e de 19% na comparação anual.

Apesar disso, a casa espera números positivos para Compass, Rumo (RUMO3) e Moove.

De acordo com as expectativas da XP, a Rumo, uma das principais operadoras de logística da Cosan, deverá registrar resultados robustos, com um EBITDA estimado de R$ 1,65 bilhão, refletindo um aumento de 37% na comparação anual.

Esse crescimento é impulsionado por um forte desempenho nos volumes de transporte, especialmente de grãos e celulose, e um ambiente tarifário favorável, com aumento de 20% no yield por tonelada transportada.

Por sua vez, a Compass deve manter sua trajetória positiva, com expectativa de um EBITDA de R$ 1,32 bilhão, o que representa um crescimento de 4% no trimestre e 21% no ano.

Esse desempenho será sustentado por novos volumes de distribuição, especialmente em razão das novas conexões residenciais e da contribuição da Compagás, com um trimestre completo de operações.

Já a Moove também deve apresentar um EBITDA de R$365 milhões, embora com uma leve queda de 5% em relação ao trimestre anterior.

A empresa enfrenta desafios, incluindo um incêndio que atingiu sua fábrica no Rio de Janeiro em fevereiro, o que pode impactar seus resultados nos próximos trimestres.