
A construtora Cury (CURY3) tem caminhado em direção ao favoritismo entre as ações do setor. O BTG Pactual e a XP Investimentos reafirmaram suas recomendações de compra para os papéis da companhia, após observarem os números da companhia no primeiro trimestre de 2025 como uma “entrega incansável de resultados fortes”.
Na XP, a Cury já é a principal escolha do setor, a um preço-alvo de R$ 28,00 por ação para o final do ano fiscal de 2025.
“Em nossa opinião, a Cury apresentou dados operacionais robustos no 1T25, atendendo às expectativas substancialmente altas do mercado em relação ao crescimento dos lançamentos. Mais importante ainda, acreditamos que a manutenção de fortes níveis de VSO, mesmo com lançamentos significativamente maiores, reforça o ambiente de demanda robusto da Cury”, escreveram os analistas da casa.
No balanço divulgado na última quarta-feira (9), a construtora reportou vendas líquidas de R$ 2,10 bilhões, crescimento de 36% em relação ao mesmo período do ano passado.
O volume de lançamentos saltou 48%, totalizando R$ 2,78 bilhões em Valor Geral de Vendas (VGV), com 14 novos empreendimentos — nove em São Paulo e cinco no Rio de Janeiro.
Mas não foi só o volume que impressionou: 55% das unidades lançadas foram vendidas no próprio trimestre, sustentando uma relação vendas/oferta (VSO) de 46%, praticamente em linha com o desempenho de 1T24.
Assim, o BTG Pactual também manteve sua recomendação de compra, destacando o “earnings momentum” e o valuation atrativo — com CURY3 sendo negociada a 8x o lucro estimado para 2025.
Saúde financeira da Cury
Além dos números comerciais, o BTG chamou atenção para a saúde financeira da empresa. Mesmo com o crescimento agressivo das operações e um ambiente menos favorável para repasses bancários, a Cury conseguiu registrar fluxo de caixa livre positivo de R$ 26 milhões.
No período, foram desenvolvidas 3.363 unidades (+15% a/a) e R$ 1,12 bilhão em imóveis foram transferidos para bancos (+27% a/a).
Dessa forma, a empresa mantém uma confortável posição de caixa líquido de R$ 280 milhões — cerca de 20% do patrimônio líquido.
Segundo os analistas do banco, mesmo com mudanças nas regras do programa Casa Verde e Amarela (CEF), que impactaram a coleta de recebíveis, a Cury mostrou que sabe jogar em qualquer cenário.