Impacto imediato

Méliuz (CASH3) deve perder R$ 7 milhões por trimestre após BV descartar compra de ações, diz XP

Casa considera que a companhia pode enfrentar desafios em sua estratégia de combinar serviços financeiros com seu negócio principal de cashback

Méliuz - BV
Reprodução

A desistência do Banco Votorantim (BV) de comprar as ações da Méliuz (CASH3) deve impactar a receita da plataforma de cashback, com estimativa de perda de R$ 7 milhões por trimestre, segundo a XP Investimentos.

No total, o impacto no EBITDA (lucro antes juros e amortização) de 2025 pode chegar a aproximadamente R$ 20 milhões, representando uma redução de cerca de 30%.

A margem EBITDA desta receita é considerada significativamente alta, estimada em 70%.

A XP considera que a Méliuz pode enfrentar desafios em sua estratégia de combinar serviços financeiros com seu negócio principal de cashback, e coloca as ações sob revisão.

O desempenho da parceria com o BV será monitorado, com as duas empresas precisando decidir o futuro da aliança no final de 2025, dependendo dos resultados alcançados.

Por volta das 11:20, os papéis recuavam 10,18%, cotados a R$ 3,53%.

A desistência da BV sobre a Méliuz

Nesta segunda-feira (17), a Méliuz (CASH3) anunciou uma atualização importante sobre sua aliança estratégica com o Banco Votorantim (BV), destacando a decisão do banco de não exercer a opção de compra das ações emitidas pela empresa.

Com isso, a opção, que tinha prazo até março de 2025, não será mais válida.

Além disso, a empresa renegociou os termos da parceria, o que resultará em uma redução nos valores recebidos por ativações de cartões de crédito, contas correntes e pelo volume de transações realizadas com os cartões emitidos pelo BV ao longo de 2025.