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MRV (MRVE3): vale a pena investir nas ações? Veja o que diz o BTG Pactual após roadshow

O CFO, Ricardo Rodrigues, e o IRO, Augusto Andrade, discutiram as expectativas da companhia e destacaram várias informações cruciais para investidores e analistas

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A MRV (MRVE3), uma das principais incorporadoras do Brasil, revelou informações promissoras sobre suas perspectivas e operações durante um recente NDR (Non-Deal Roadshow), de acordo com o BTG Pactual.

O CFO, Ricardo Rodrigues, e o IRO, Augusto Andrade, discutiram as expectativas da companhia e destacaram várias informações cruciais para investidores e analistas.

MRV se diz confiante em suas metas para os anos de 2024 e 2025

De acordo com os executivos, a empresa tem desempenhado uma forte performance nas vendas, impulsionada por diversos fatores.

Entre esses fatores estão os elevados subsídios do programa Minha Casa Minha Vida (MCMV), novos programas habitacionais locais e uma atividade robusta com corretores terceiros.

Com essa base sólida, a MRV projeta um crescimento contínuo nas margens e um fluxo de caixa livre (FCF) positivo no quarto trimestre de 2024, após a venda de recebíveis.

Quais são as perspectivas para operacional e as expectativas de MRV para margens e FCF?

Ricardo Rodrigues, CFO da MRV, prevê um aumento nos lançamentos de imóveis no segundo semestre de 2024.

A demanda robusta, impulsionada pela melhoria na acessibilidade do programa MCMV, deve resultar em vendas crescentes.

Apesar dos recentes aumentos nos preços do aço e das pressões nos custos de mão de obra em São Paulo (SP) e no Rio de Janeiro (RJ), os custos de construção estão mantidos em controle.

Rodrigues espera que as margens brutas atinjam novos patamares, próximos a 35%.

No que diz respeito ao FCF, a empresa espera resultados positivos nos próximos trimestres e está confiante em atingir suas metas para o ano fiscal de 2025, mesmo se levadas em consideração as securitizações.

FGTS e orçamentos do MCMV: como a MRV administra expectativas e desafios

O CFO destacou que o balanço do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) está suficientemente robusto para sustentar orçamentos de aproximadamente R$ 120 bilhões por ano para o MCMV nos próximos anos.

No entanto, Rodrigues alertou que a Caixa Econômica Federal (CEF) pode priorizar hipotecas em relação a empréstimos para construção, o que pode encarecer esses empréstimos e pressionar os desenvolvedores menores.

Apesar disso, as empresas listadas na Bolsa, como a MRV, devem continuar a ganhar participação no programa MCMV.

Além disso, a administração espera que o programa Pode Entrar, da cidade de São Paulo (SP), seja retomado e que novas unidades sejam contratadas em breve.

A MRV prevê o desenvolvimento de 1.200 a 1.300 unidades sob este programa.

Resia: vendas de projetos e perspectivas de capitalização para a subsidiária

Em relação à Resia, a unidade da MRV nos EUA, a administração espera que a empresa venda US$200 milhões em projetos no segundo semestre de 2024, o que permitiria alcançar o equilíbrio do FCF no ano fiscal de 2024.

No entanto, foram destacadas preocupações quanto às margens brutas de dois dos três projetos previstos para venda, uma vez que estão localizados em regiões onde a Resia ainda não havia atuado anteriormente.

A Resia possui mais quatro projetos programados para 2025 – dois já concluídos e dois esperados para conclusão.

O CFO também mencionou que a Resia está em busca de oportunidades para capitalizar projetos e/ou a holding.

Recomendação de compra da MRV (MRVE3) foi mantida pelo BTG Pactual

Com base nas perspectivas apresentadas e nas expectativas de crescimento contínuo, a recomendação para as ações da MRV permanece como compra, com uma valorização estimada em aproximadamente 0,80x P/TBV (Preço sobre o Valor Patrimonial).