O Itaú BBA cortou o preço-alvo para as ações da Panvel (PNVL3) de R$ 17,00 para R$ 13,00, o que ainda implica uma potencial alta de cerca de 33% na ação.
O banco mantém a sua recomendação de compra para os papéis da empresa. Nesta quinta-feira (27), as ações ordinárias da empresa subiam 2,32%, a R$ 9,76, por volta de 15:20 (horário de Brasília).
O BBA mantém uma postura positiva sobre a ação apoiada por uma combinação de níveis de avaliação atrativos (11x P/L 2025, um desconto de 64% em relação ao líder de mercado) e o potencial de consolidação de mercado na região Sul do Brasil, em um cenário onde os concorrentes regionais parecem mais vulneráveis.
No entanto, os analistas da casa também citaram tendências desafiadoras de curto prazo. As chuvas no Rio Grande do Sul tiveram um impacto negativo nas operações da Panvel. Seu centro de distribuição (CD) em Eldorado do Sul foi temporariamente fechado e 18 lojas da empresa foram diretamente afetadas pela enchente, das quais 8 serão provavelmente fechadas permanentemente.
Em resposta à tragédia, a empresa priorizou estrategicamente a operação de suas próprias lojas em detrimento do canal de atacado, o que deverá levar a uma diluição significativa da operação de atacado nos próximos trimestres.
“Nossas previsões atualizadas para 2024 incorporam esses obstáculos. Nosso novo modelo assume uma queda de 15% ano a ano nas receitas brutas de atacado em 2024, seguida por uma recuperação de 6% ano a ano em 2025”, diz o relatório da casa.
Em relação à projeção abertura de lojas, o BBA espera uma aceleração para 70 aberturas brutas em 2025 (de 60 em 2024), alcançando 859 lojas em perpetuidade. Além da expansão de lojas, a empresa também implementou estratégias para aumentar a produtividade das lojas.
O BBA acredita a entrada de medicamentos deve pressionar o segmento de varejo da companhia, mas o movimento deve ser mais do que compensado pelos ventos favoráveis da alavancagem operacional a partir da melhoria nas vendas por loja.