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Petrobras (PETR3)(PETR4): Goldman Sachs corta preço-alvo drasticamente, mas mantém recomendação de compra

Analistas reduziram a projeção de distribuição de dividendos em R$ 1 bilhão, em sequência à queda nas estimativas de preço do petróleo

- Fernando Frazão/Agência Brasil
- Fernando Frazão/Agência Brasil

Em relatório publicado nesta quinta-feira (12), o Goldman Sachs ajustou suas previsões para os dividendos extraordinários da Petrobras (PETR4) e o preço-alvo das ações da petroleira até o final de 2025.

De acordo com o relatório, a expectativa de dividendos extraordinários da Petrobras para o ano fiscal de 2024 foi revisada de US$ 7,0 bilhões (aproximadamente R$ 39,50 bilhões) para US$ 6 bilhões (cerca de R$ 33,90 bilhões).

Essa revisão foi um resultado direto da redução nas estimativas de preço do petróleo, que tem impactado os rendimentos esperados da petroleira.

Como os papéis de Petrobras (PETR3)(PETR4) reagiram ao longo da sessão

As ações da Petrobras apresentaram uma queda nas negociações desta quinta-feira (12).

As ações ordinárias (ON)(PETR3) recuaram 1,17%, cotadas a R$ 40,49, enquanto os papéis preferenciais (PN)(PETR4) caíram 1,13%, a R$ 36,87.

Este declínio nos preços das ações ocorreu apesar de uma leve recuperação no preço do petróleo, que subiu cerca de 2% durante o mesmo período.

Corte no preço-alvo das ações

Os analistas do Goldman Sachs ajustaram suas projeções de preço-alvo para as ações da Petrobras.

O novo preço-alvo para as ações ordinárias (PETR3) foi definido em R$ 43,40, reduzido de R$ 53,00, enquanto o preço-alvo para as ações preferenciais (PETR4) caiu de R$ 48,00 para R$ 39,40.

Mas e quanto a recomendação?

Apesar dessas revisões, a recomendação do banco foi mantida em COMPRA.

Analistas citaram o atrativo spread de 3 pontos percentuais (p.p.) no fluxo de caixa livre da petroleira em comparação com seus principais pares globais.

Dividendos estimados e um possível cronograma de pagamentos

Os analistas do Goldman Sachs estimam que os dividendos extraordinários serão pagos em duas parcelas: US$ 4 bilhões até o final de 2024 e os US$ 2 bilhões restantes no primeiro semestre de 2025.

Riscos adicionais para a distribuição por Petrobras (PETR3)(PETR4)

O relatório também destaca um risco adicional para o volume de dividendos a serem distribuídos pela Petrobras: o aumento da dívida bruta.

A companhia estabeleceu um teto para sua dívida de US$ 65 bilhões até o fim do ano fiscal de 2025.

A Petrobras (PETR3)(PETR4) planeja novas unidades de produção que devem iniciar operação em 2025, o que poderia levar a empresa a ultrapassar seu limite de dívida para financiar esses projetos.

E o peso disso no fluxo de caixa da estatal?

Se a administração da Petrobras optar por pagar a dívida para não exceder o limite estabelecido, em vez de ajustar o teto da dívida para cima no novo plano estratégico a ser apresentado em novembro, isso pode reduzir a disponibilidade de caixa da empresa.

Como resultado, existe um risco potencial de queda nas estimativas de dividendos, conforme o indicado pelo relatório do Goldman Sachs.