
Em meio à pressão por novas receitas e com a arrecadação do setor abaixo do previsto, o governo brasileiro estuda realizar leilões de excedentes de petróleo em campos já em produção. O tema, segundo analistas, não deve gerar grandes impactos para a Petrobras (PETR4).
A expectativa, segundo fontes próximas ao tema, seria arrecadar entre US$ 3 e 5 bilhões com as novas licitações. A iniciativa surge num contexto em que o preço médio do barril de petróleo em 2025 está abaixo da estimativa oficial do orçamento — US$ 73 contra os US$ 80 projetados.
Apesar do potencial impacto fiscal, analistas do BTG Pactual acreditam que os efeitos da medida sobre a Petrobras devem ser limitados. Os analistas ressaltam que a estatal segue sendo uma das melhores apostas do setor de petróleo e gás, mesmo com preços mais baixos.
O banco ressalta que, enquanto o mercado aguarda mais detalhes, os principais riscos para a estatal continuam sendo externos.
A incerteza geopolítica e o temor de uma desaceleração econômica global pressionam o preço do petróleo e esse fator pode influenciar diretamente os dividendos pagos pela companhia, segundo o banco. No entanto, dada a estrutura financeira da companhia, o BTG mantém recomendação de compra para as ações da estatal.
Além disso, o preço-alvo para os ADRs da Petrobras na bolsa de Nova York (PBR) é de US$ 20,00.