A Prio (PRIO3) anunciou nesta sexta-feira (27) a compra de 40% da participação da chinesa Sinochem nos Campos de Peregrino e Pitangola, por US$ 1,915 bilhão (R$ 10,4 bilhões).
Com a conclusão da aquisição, o consórcio responsável pelos campos será composto pela Equinor, que permanece como operadora com 60% de participação, e pela PRIO, agora com 40%.
Com a aquisição, espera-se que a alavancagem da Prio (dívida líquida/EBITDA) aumente para 1,5x, considerando apenas o desembolso em dinheiro, excluindo o EBITDA dos últimos 12 meses do campo Peregrino. Segundo o BTG Pactual, o balanço da empresa continuará robusto.
Em relatório, os analistas Henrique Pérez, Pedro Soares e Thiago Duarte, afirmaram que essa participação não-operacional no campo deve ajudar a mitigar riscos operacionais no médio prazo.
“Vemos esse movimento como o primeiro passo em direção a um objetivo maior – adquirir o ativo inteiro, caso a Equinor decida vender sua participação de 60% no futuro (algo que acreditamos ser provável)”, pontuaram.
É difícil apostar contra a tese da Prio, apontam os analistas
A Prio continua sendo uma das oportunidades mais atraentes no setor de Óleo e Gás do Brasil, e a aquisição dessa participação no Peregrino fortalece ainda mais seu caso de investimento de alto crescimento, segundo o relatório do banco.
“Nos últimos anos, a empresa tem reinvestido consistentemente seus fluxos de caixa em projetos de alto retorno, embora ainda seja negociada a uma avaliação que, em nossa visão, subestima sua capacidade de execução”, ressalta o BTG.
As ações estão atualmente sendo negociadas com um yield de fluxo de caixa livre de 20% e 32% para 2025 e 2026, respectivamente, com base em suposições de preços do petróleo de US$ 75 e US$ 70 por barril.
A ação continua sendo a principal escolha do banco, com preço-alvo de R$ 76,00 em doze meses e recomendação de compra. Nesta sexta, os papéis ordinários da companhia subiam 3,21%, a R$ 44,03, por volta de 11:39 (horário de Brasília).