A Raízen (RAIZ4) reverteu lucro e teve prejuízo líquido de R$ 158,3 milhões no segundo trimestre do ano-safra 24/25. O EBITDA (lucro antes juros) ajustado foi de R$ 3,663 bilhões, uma queda anual de 1,7%.
A companhia confirmou o início das operações de testes em duas unidades de etanol de segunda geração (E2G) nos Parques de Bioenergia Univalem e Barra, em São Paulo.
O que diz o BTG Pactual sobre os números da Raízen?
Para o BTG Pactual, os resultados da Raízen foram mistos no período. Os analistas levantam preocupações de que a companhia não cumpriria sua orientação anual de volume de processamento de cana-de-açúcar.
“A divulgação dos resultados confirmou nossas expectativas (os volumes anuais de cana agora estão projetados para ficar cerca de ~5% abaixo do inicialmente previsto) e um EBITDA 6% abaixo da meta”, diz o relatório do banco.
Apesar disso, o guidance anual de EBITDA foi mantido pelo BTG por enquanto, mas os analistas sinalizam que devem mirar na faixa inferior de R$ 14,5-15,5 bilhões. Anteriormente, a projeção era por uma marca de R$ 15 bilhões.
Qual a recomendação para as ações RAIZ4?
O banco avalia que o ano de 2024 é crucial para a Raízen demonstrar os retornos de seus investimentos recentes.
Embora o recente declínio no preço das ações pareça justificado com base nas tendências macroeconômicas e nas preocupações de execução, o BTG pontua esses fatores para um ciclo de desalavancagem a partir do próximo ano: capex em queda; ciclo positivo de preços de açúcar e etanol; e margens downstream relativamente mais saudáveis.
Neste sentido, o BTG recomenda COMPRA na ação, mas pontua que não há catalisadores. O preço-alvo é de R$ 7,00 em doze meses.
Nesta quarta-feira (13), por volta de 11:43 (horário de Brasília), os papéis preferenciais da Raízen operavam em queda de 4,53%, a R$ 2,53.