A Raízen (RAIZ4) teve um 3° trimestre na safra 2024/2025 marcado por desafios significativos, com uma queda nas margens devido ao impacto dos incêndios florestais nas operações upstream e uma performance abaixo do esperado no segmento de combustíveis, segundo analise do BTG Pactual.
Em reação a isso, as ações da companhia operam em queda nesta segunda-feira (17). Por volta das 10:30, os papéis caíam 5,65%, cotados aos R$ 1,67.
No período, o EBITDA (lucro antes juros e amortização) ajustado de R$3,1 bilhões ficou 16% abaixo das estimativas do BTG Pactual, refletindo o efeito adverso das adversidades climáticas e custos elevados.
Além disso, a empresa registrou um prejuízo líquido de R$2,6 bilhões, impulsionado por provisões e custos de reestruturação.
Apesar disso, o banco observa que a companhia mantém estratégias para melhorar sua estrutura de capital e valor para os acionistas, com mudanças na liderança, incluindo a nomeação de Geovane Consul para a vice-presidência de Açúcar e Etanol, substituindo Francis Queen.
“A Raízen segue apostando em um “novo capítulo” com foco na otimização do capital e aumento da produção de etanol, que já representa 55% das vendas de açúcar e etanol”, destacou o BTG.
Contudo, a empresa enfrenta uma queda na participação de mercado e um aumento do endividamento, que chegou a R$38,6 bilhões no último trimestre.
Entretanto, com as vendas de 2,1 milhões de toneladas de TRS restantes até março, a Raízen espera um EBITDA de R$1,8 bilhão, principalmente impulsionado por um preço de etanol mais alto.
Em um cenário de volatilidade e reestruturação, o BTG Pactual mantém sua recomendação de COMPRA, aguardando sinais de uma recuperação significativa no fluxo de caixa e valorização das ações no curto prazo.