
Após um encontro com a gestão da Sabesp (SBSP3), analistas do BTG Pactual reforçaram sua visão positiva sobre a companhia. O banco destacou o compromisso da nova liderança com eficiência operacional, gestão de riscos e aceleração dos investimentos.
Além disso, com uma taxa interna de retorno (TIR) real estimada em torno de 11%, considerando a esperada eliminação do atraso no reconhecimento do capex, a Sabesp figura entre as principais recomendações do banco.
Os analistas ressaltam que, embora haja espaço para reduções adicionais de custos operacionais (opex), a gestão demonstra cautela para não comprometer o objetivo central de universalização dos serviços, conforme previsto na Lei de Privatização.
A expectativa é que a Sabesp apresente, em breve, um plano claro de otimização de despesas, alinhado com as projeções do mercado. Já no campo regulatório, a companhia enxerga avanços importantes, reconhecendo os esforços do Estado de São Paulo para fortalecer a agência reguladora.
Segundo o BTG, um dos principais desafios no curto prazo será resolver o gap de receita, mas a Sabesp mantém uma postura otimista quanto a uma solução positiva para o tema. Questões como a tarifa social e a proteção de clientes excluídos do Cadastro Único também estão no radar da gestão.
E os dividendos da Sabesp?
Apesar de reconhecer o potencial futuro para a distribuição robusta de dividendos, a companhia mantém o foco no avanço dos projetos de universalização. Com um capex estimado entre R$ 20 bilhões e R$ 25 bilhões para novos blocos no estado de São Paulo, que devem ser privatizados a partir de 2026, a Sabesp reforça sua posição como candidata natural para operar essas concessões, mirando a universalização dos serviços após 2029.
Por fim, os analistas do BTG recomendam compra na ação, com preço-alvo de R$ 133,00. Por volta de 12:20 (horário de Brasília) desta segunda-feira (7), os papéis da companhia recuavam 0,33%, cotados a R$ 103,06.