O Itaú BBA elevou o preço-alvo da Taesa (TAEE11) para R$ 36,70 ao final de 2024, de R$ 35,90 antes. Além disso, o banco também atualizou a classificação da ação para market perform, ou desempenho de mercado.
Nesta segunda-feira (08), as Units da companhia recuavam 0,23%, a R$ 34,65, por volta de 13:58 (horário de Brasília).
O BBA vê a empresa sendo negociada com uma TIR (Taxa de Retorno Interna) real de 7,8% (vs. 6,3% de rendimento dos títulos do tesouro brasileiro) com rendimentos de dividendos de um dígito alto nos próximos anos. “Acreditamos que não faz mais sentido vender a ação a descoberto”, diz o relatório assinado pelo analista Marcelo Sá.
A casa prevê um retorno de dividendos de 6% para 2024, 8% para 2025-26, e níveis de dois dígitos após 2027. A empresa anunciou uma redução no payout para 2024 para 75%, devido à maior alavancagem, mas espera que ele aumente para 90% em 2025 e 100% em 2026. “Apoiamos a nova política de dividendos, que é baseada no lucro líquido regulatório e não no IFRS, facilitando para os investidores estimarem os dividendos”, afirmam os analistas.
Segundo o BBA, um rendimento de dividendos alto é crucial para o desempenho da ação, dado que 55% de sua base de acionistas são investidores de varejo. Investidores internacionais representam 30% da base de acionistas da Taesa, enquanto investidores institucionais brasileiros compõem apenas 15%. Neste sentido, a ação tende a subir após o anúncio de dividendos.
“A Taesa caiu 4% no acumulado do ano, em linha com o Ibovespa. Acreditamos que o desempenho fraco pode ser atribuído à alta nas taxas de juros de longo prazo e ao fraco IGP-M (Índice de Preços – Mercado), que está ligado a 60% das receitas da empresa”, diz o relatório.