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Taesa (TAEE11): dividendos são atrativos, mas dívida ainda preocupa, avalia Genial Investimentos

A companhia registrou um lucro líquido IFRS de R$ 200,6 milhões no quarto trimestre de 2024

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Crédito: Agência Brasil

Taesa (TAEE11) registrou lucro líquido IFRS de R$ 200,6 milhões no quarto trimestre de 2024, uma queda de 32,5% na comparação com o mesmo período do ano anterior.

No acumulado do ano, o lucro líquido somou R$ 991,5 milhões, recuo de 7,5% na base anual. A receita líquida IFRS da Taesa somou R$ 581 milhões no 4T24, queda de 0,5% na comparação com o mesmo trimestre de 2023.

Já o EBITDA (sigla em inglês para lucro antes juros, impostos, depreciação e amortização) regulatório atingiu R$ 421,6 milhões, 11,5% inferior em relação ao 4T23. A margem EBITDA foi de 72,6% no último trimstre de 2024.

Taesa distribuirá R$ 301 milhões em dividendos

Além do balanço, a Taesa anunciou que distribuirá R$ 301,5 milhões em dividendos mínimos obrigatórios remanescentes, pagos em duas etapas ao longo de 2025. 

O pagamento será realizado em duas datas diferentes:

  • 1ª parcela (R$ 190,6 milhões ou R$ 0,55 por Unit): 28 de maio de 2025.
  • 2ª parcela (R$ 110,9 milhões ou R$ 0,32 por Unit): 27 de novembro de 2025.

O que diz a Genial Investimentos sobre a companhia?

Após os resultados da companhia elétrica, a Genial Investimentos permanece recomendando “manter” as Units #TAEE11, com preço-alvo de R$ 36,00.

Nesta quarta-feira (19), por volta de 11:20 (horário de Brasília), os papéis TAEE11 recuavam 0,64%, cotados a R$ 34,14.

Segundo a Genial, a empresa reportou números abaixo do consenso e das estimativas da casa, devido a efeitos pontuais e não-recorrentes, que não devem ser duradouros ou afetar a empresa em termos de fundamento.

No entanto, o analista Vitor Sousa explica que a companhia tem a maior alavancagem do setor, um fator que preocupa.

“Para além de dados financeiros e operacionais, o fator que julgamos mais importante no momento é a alavancagem da companhia. Nesse trimestre, a alavancagem atingiu 4,0x Dívida Líquida/EBITDA, maior nível do setor”, escreveu.

Embora o cenário seja desafiador, a Genial acredita que a Taesa tenha expertise para se desalavancar ao mesmo tempo em que continua a recompor sua receita. Além disso, o movimento não pode impactar muito o pagamento de dividendos, que é um dos principais atrativos para os investidores da empresa.

“Apesar disso, com a empresa negociando com uma Taxa Interna de Retorno Implícita de 8,5% em termos reais, contra 7,4% das NTN-Bs 2045, aos atuais níveis de preço não vemos razões para uma recomendação mais agressiva ao papel, reiterando nossa recomendação de MANTER, esperando por um momento mais oportuno para entrar no papel”, conclui o analista.