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Tenda (TEND3) segue como a principal escolha do BTG Pactual no setor

Os analistas se reuniram com o diretor-financeiro (CFO), Luiz Mauricio Garcia, e o diretor de Relações com Investidores (RI), Leonardo Dias, para discutir perspectivas para os próximos meses

Logotipo Tenda - Divulgação
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Os analistas do BTG Pactual se reuniram com o diretor-financeiro (CFO) da Tenda (TEND3), Luiz Mauricio Garcia, e o diretor de Relações com Investidores (RI), Leonardo Dias, para discutir as perspectivas da empresa.

Os principais destaques desta conversa foram: (i) a demanda por casas de baixa renda está forte; (ii) as margens estão aumentando; (iii) os recebíveis pro-soluto (não garantidos) podem permanecer altos por um tempo, mas as provisões estão sob controle; (iv) a lucratividade da Alea está melhorando; e (v) o orçamento do Minha Casa, Minha Vida (MCMV) está programado para expandir.

Os analistas do banco afirmaram que, com a reviravolta operacional da construtora, o perfil de investimento é arriscado, mas os níveis de lucratividade no programa MCMV estão bem altos no momento.

A ação é a principal escolha do BTG no setor, pois oferece o maior potencial de valorização no universo de cobertura, refletindo sua avaliação descontada (P/E de 3,5x para 2025E).

Tenda pode ter caixa positivo em 2025?

O negócio offsite da Tenda (Alea) está expandindo suas operações com uma sólida relação de vendas para suprimento, segundo os analistas. As margens estão aumentando e, assim, a lucratividade está melhorando.

A gestão da companhia ainda espera que a Alea registre perdas e queima de caixa em 2024 (conforme indicado em suas orientações), mas isso deve ser revertido no segundo semestre de 2025, quando o FCF provavelmente se tornará positivo.

A Tenda também não descarta a possibilidade de trazer investidores para a Alea (já foi abordada por investidores muitas vezes), pois um acordo privado poderia desbloquear o valor da Alea – algo não percebido pelo mercado, indica o BTG.

Minha Casa, Minha Vida: construtora pode receber valor adicional do governo

O banco destacou em relatório que o CFO da Tenda está otimista sobre a sustentabilidade do financiamento do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) e do programa MCMV, e disse que o governo provavelmente injetará um adicional de R$ 20-25 bilhões em seu orçamento para o ano fiscal de 2024.

O diretor também espera um ajuste adicional nas condições de crédito para compra de imóveis usados, a fim de preservar o financiamento para desenvolvedores de baixa renda. Devido às enchentes bem documentadas, Garcia disse que o governo provavelmente aumentará os subsídios para o desenvolvimento de casas no Rio Grande do Sul, significando uma demanda mais forte por Tenda/Alea neste estado do sul.

O BTG tem recomendação de compra para as ações ordinárias da Tenda, com preço-alvo de R$ 18,00 em doze meses. Nesta quarta-feira (26), os papéis da companhia recuavam 3,53%, a R$ 10,39, por volta de 10:57 (horário de Brasília).