A Usiminas (USIM5) registrou um prejuízo líquido de R$ 117 milhões no quarto trimestre de 2024. A empresa reverteu o lucro líquido de R$ 975 milhões registrado no mesmo período no ano anterior.
A companhia siderúrgica explicou que o resultado negativo se deu principalmente por conta das perdas cambiais líquidas no trimestre.
O EBITDA (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) somou R$ 518 milhões, uma queda de 17% na comparação anual. Já a receita líquida recuou 4% ano a ano, a R$ 6,480 bilhões no período.
O resultado financeiro líquido foi negativo em R$ 298,7 milhões no quarto trimestre de 2024. No mesmo ano em 2023, o resultado foi positivo em R$ 65,3 milhões.
Nesta sexta-feira (14), os papéis da companhia recuavam 2,21%, a R$ 5,74, por volta de 11:00 (horário de Brasília).
O que diz o BTG Pactual sobre os resultados da Usiminas?
Os analistas do BTG Pactual afirmaram que a recomendação sobre as ações da Usiminas permanecerá neutra, com preço-alvo de R$ 8,00 em doze meses.
O banco acredita que a visibilidade sobre a recuperação dos lucros futuros ainda é limitada, embora esteja melhorando. A siderúrgica já retomou totalmente a operação do alto-forno #3 e capturou a maior parte dos ganhos de produtividade do novo forno, segundo o BTG.
No entanto, os analistas relembram que há muitos fatores em movimento nessa história. Assim, a recuperação da lucratividade sofre prejuízos por outras questões (como Cubatão e a fraqueza no minério de ferro).
Além disso, a empresa é uma mineradora de minério de ferro com custo mais alto e pode sofrer impactos negativos em um cenário de preços abaixo de US$ 100/t. O BTG projeta uma desaceleração suave nos preços do minério de ferro no futuro.
“Embora o nível de alavancagem esteja controlado, acreditamos que anos de subinvestimento devem justificar maiores despesas de capital à frente, limitando qualquer retorno relevante de caixa aos acionistas. Vemos as ações negociando em torno de ~3,5x EV/EBITDA para 2025, o que consideramos razoável, mas não suficientemente bom, dados os riscos”, concluem os analistas Leonardo Correa e Marcelo Arazi.