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CDB ou Tesouro Direto: qual rende mais?

​Entenda as diferenças, vantagens e desvantagens desses dois investimentos e descubra qual se encaixa melhor no seu perfil.

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CDB ou Tesouro Direto / Foto: Reprodução
CDB ou Tesouro Direto / Foto: Reprodução

Com o aumento da popularidade dos investimentos de renda fixa no Brasil, muitos investidores se deparam com a dúvida: investir em CDB ou Tesouro Direto? Ambos são opções seguras e acessíveis, mas possuem características distintas que podem influenciar na rentabilidade e na adequação ao seu perfil financeiro.

Neste artigo, exploraremos as principais diferenças entre esses dois investimentos, suas vantagens e desvantagens, e ajudaremos você a decidir qual é o mais adequado para seus objetivos.​

O que é CDB?

O Certificado de Depósito Bancário (CDB) é um título de renda fixa emitido por bancos com o intuito de captar recursos para suas atividades. Ao investir em um CDB, você está emprestando dinheiro ao banco e, em troca, recebe uma remuneração que pode ser:​

Os CDBs contam com a proteção do Fundo Garantidor de Créditos (FGC) para valores de até R$ 250 mil por CPF e por instituição financeira. Além disso, a liquidez pode variar conforme o produto, sendo que alguns oferecem resgate diário, enquanto outros possuem prazos determinados para vencimento.

O que é Tesouro Direto?

O Tesouro Direto é um programa do governo federal que permite a pessoas físicas investirem em títulos públicos emitidos pelo Tesouro Nacional. Ao investir no Tesouro Direto, você está emprestando dinheiro ao governo em troca de uma remuneração. Os principais títulos disponíveis são:​

  • Tesouro Selic: rende conforme a taxa Selic, ideal para reservas de emergência.​
  • Tesouro Prefixado: oferece uma taxa de juros fixa definida no momento da compra.​
  • Tesouro IPCA+: combina uma taxa fixa com a variação da inflação, protegendo o poder de compra do investidor.​

Os títulos do Tesouro Direto são considerados de baixo risco, pois são garantidos pelo governo federal. A liquidez é diária, permitindo o resgate dos valores investidos a qualquer momento, embora o ideal seja manter o investimento até o vencimento para evitar oscilações de mercado.

CDB ou Tesouro Direto: como escolher?

A escolha entre CDB e Tesouro Direto depende de diversos fatores, como objetivos financeiros, perfil de risco e necessidade de liquidez. A princípio, investidores conservadores que priorizam segurança e liquidez imediata podem se sentir mais confortáveis com o Tesouro Selic. Por outro lado, aqueles que buscam rentabilidades superiores e estão dispostos a aceitar um risco um pouco maior podem optar por CDBs de bancos médios que oferecem taxas mais atrativas.

Além disso, é importante considerar o prazo do investimento. Para objetivos de curto prazo, o Tesouro Selic pode ser mais adequado. Já para metas de médio a longo prazo, CDBs com prazos maiores podem oferecer melhores retornos. Assim sendo, alinhar o investimento aos seus objetivos é fundamental para uma escolha acertada.​

O que rende mais: CDB ou Tesouro Direto?

A rentabilidade de CDBs e do Tesouro Direto varia conforme as condições de mercado e as características específicas de cada produto. CDBs de bancos médios, por exemplo, podem oferecer rendimentos superiores a 100% do CDI, o que pode resultar em ganhos maiores do que os proporcionados pelo Tesouro Selic. No entanto, é essencial considerar o risco de crédito associado à instituição emissora.

Por outro lado, o Tesouro Selic oferece uma rentabilidade mais estável e previsível, acompanhando a taxa básica de juros da economia. Ainda que possa render menos do que alguns CDBs, sua segurança e liquidez diária são atrativos importantes para muitos investidores.​

Quais são as vantagens e desvantagens do CDB?

Vantagens

  • Rentabilidade atrativa: especialmente em CDBs de bancos médios que oferecem taxas superiores ao CDI;
  • Diversidade de opções: possibilidade de escolher entre diferentes prazos e tipos de remuneração;
  • Proteção do FGC: garantia de até R$ 250 mil por CPF e por instituição financeira.​

Desvantagens

  • Risco de crédito: dependência da saúde financeira da instituição emissora;
  • Liquidez variável: alguns CDBs possuem prazos de vencimento longos e não permitem resgates antecipados;
  • Tributação: incidência de Imposto de Renda conforme tabela regressiva.​

Quais são as vantagens e desvantagens do Tesouro Direto?

Vantagens

  • Segurança: títulos garantidos pelo governo federal;
  • Liquidez diária: possibilidade de resgatar os investimentos a qualquer momento;
  • Acessibilidade: investimentos a partir de valores baixos, permitindo o acesso a diversos perfis de investidores.

Desvantagens

  • Rentabilidade inferior em alguns cenários: ainda que seja seguro, o Tesouro Selic pode oferecer ganhos menores do que CDBs mais agressivos;
  • Marcação a mercado: assim como outros títulos públicos, os preços dos papéis do Tesouro podem oscilar no curto prazo, o que pode impactar negativamente quem precisa resgatar antes do vencimento;
  • Taxas envolvidas: ainda que a taxa de custódia da B3 tenha sido reduzida para 0,20% ao ano, ela continua impactando a rentabilidade líquida dos investimentos.

Saiba quando investir em cada um

Antes que você decida onde aplicar seu dinheiro, é essencial compreender o momento e o objetivo do seu investimento. Assim também, entender o seu perfil de risco ajudará a evitar escolhas precipitadas.

Investidores que buscam segurança acima de tudo e liquidez imediata devem considerar o Tesouro Selic. Ele é especialmente recomendado para formar uma reserva de emergência, visto que seu rendimento acompanha a taxa básica de juros e permite resgate diário sem grandes perdas.

Já os CDBs são ideais para quem pode manter o dinheiro investido por prazos mais longos e deseja maior rentabilidade. CDBs de bancos médios, por exemplo, oferecem percentuais do CDI bem acima da média, ainda que tragam um risco de crédito mais elevado.

De tal forma que, para metas de médio e longo prazo, como comprar um imóvel ou planejar a aposentadoria, tanto o Tesouro IPCA+ quanto CDBs de longo prazo podem ser vantajosos. 

A escolha entre CDB e Tesouro Direto não deve ser pautada apenas pela rentabilidade, mas sim por uma análise cuidadosa dos seus objetivos, prazos e tolerância ao risco. Ainda que o CDB possa oferecer retornos mais elevados, especialmente em instituições menores, o Tesouro Direto se destaca pela segurança e previsibilidade.

Assim sendo, a combinação estratégica de ambos os produtos pode ser uma excelente maneira de diversificar sua carteira, proteger seu capital e alcançar suas metas financeiras com mais consistência.