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Com foco em ações líquidas e qualidade, BTG faz quatro trocas na carteira mensal

Em um ambiente volátil e cauteloso, BTG Pactual defende carteira posicionada em ações líquidas e de alta qualidade

- Divulgação/BTG
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Por Ana Julia Mezzadri, da Investing.com – Em um ambiente volátil e cauteloso em relação ao novo Bolsa Família e ao pagamento dos precatórios, o BTG Pactual defende uma carteira equilibrada, posicionada em ações líquidas e de alta qualidade para o mês de setembro. 

Além disso, o banco destaca que a liquidação recente das ações abriu oportunidade de compra em nomes como Magazine Luiza (SA:MGLU3) e B3 (SA:B3SA3), que voltaram ao portfólio. Os outros dois nomes que entraram na seleção foram Gerdau (SA:GGBR4) e Vamos (SA:VAMO3). Estes papéis entraram no lugar de Lojas Renner (SA:LREN3), BR Distribuidora (SA:BRDT3), Equatorial (SA:EQTL3) e Oi (SA:OIBR3).

Dessa forma, com as trocas, a carteira recomendada de ações do BTG para este mês passa a ser composta de Vale (SA:VALE3), com 15% de peso, WEG (SA:WEGE3) (10%), Rede D'Or (SA:RDOR3) (10%), Magazine Luiza (10%), PagSeguro (NYSE:PAGS) (10%), B3 (10%), Gerdau (10%), Porto Seguro (SA:PSSA3) (10%), Vamos (5%) e Cyrela (SA:CYRE3) (10%).

Em relação à inclusão do Magazine Luiza, o banco aponta que segue otimista com o e-commerce brasileiro no longo prazo. Sobre a B3, o BTG ressalta que, ainda que os volumes tenham caído recentemente, mais volatilidade pode voltar a impulsioná-los.

A escolha de Gerdau, por sua vez, leva em consideração o fato de a ação estar barata e seus resultados estarem crescendo, ao mesmo tempo em que os preços internacionais do aço seguem sustentados. Finalmente, a opção por Vamos se baseia no fato de ser líder de um setor de baixa penetração, o de aluguel de caminhões, e que deve se beneficiar do momento de escassez de veículos novos.

Sobre a performance das ações brasileiras no mês passado, o banco aponta que a queda do Ibovespa se refletiu no valuation dos papéis, ao mesmo tempo em que os lucros das companhias listadas na bolsa surpreenderam positivamente. “Em outras palavras, a percepção do aumento no risco fiscal/político explica quase perfeitamente a queda nos preços das ações”, afirmam os analistas do BTG.

A expectativa do banco é que o mercado permaneça volátil, aguardando sinais de manutenção do teto de gastos. “Uma decisão de preservar o teto de gastos pode, sozinha, ser suficiente para que a tendência de alta nos preços das ações seja retomada”, diz o banco em relatório.

Em oura frente, o banco menciona a recuperação mais rápida do que o previsto da economia brasileira, evidenciada nas expectativas de PIB, de dívida/PIB e nos dados recentes de desemprego. A aceleração da campanha de vacinação também é um fator de otimismo.

Na ponta negativa, a alta na taxa de juros pode impactar os investimentos e o crescimento econômico, ao mesmo tempo em que a piora nas condições hidrológicas aumenta os riscos de racionamento.