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Confira os assuntos que podem influenciar o mercado nesta segunda-feira (30)

Bolsas fecham em alta após fala de chair do Fed, preocupações com a crise hídrica e mais destaques

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Quer saber quais são as principais notícias que podem influenciar o mercado hoje? Um balanço das principais bolsas mundiais? Como o dólar fechou? Confira:

Balanço das bolsas

O Ibovespa fechou a sexta-feira (27) em alta de 1,59%, a 120.616,07 pontos e volume negociado de R$ 22 bilhões. Dessa forma, acumulou alta de 2,17% na semana, endossado por comentários do chair do Federal Reserve, Jerome Powell, que afastaram por enquanto os riscos de o Banco Central dos Estados Unidos começar a reduzir os estímulos à economia norte-americana mais cedo do que o previsto.

Nos Estados Unidos, as bolsas seguiram o ritmo e fecharam em alta diante do tom ameno do Fed. Dow Jones, S&P 500 e Nasdaq avançaram 0,69%, 0,88% e 1,23%, respectivamente.

Na Europa, as bolsas fecharam em alta. Entre os índices, o destaque vai para o CAC 40, que acumulou alta de 0,84% na semana.

Enquanto isso, na Ásia, as bolsas encerraram a sexta-feira de forma mista, com as ações da China subido após o banco central do país fazer mais uma injeção semanal de 120 bilhões de iuanes no sistema bancário.

Dólar

O dólar comercial fechou em queda de 1,15%, cotado a R$ 5,1965, nesta sexta-feira (27), após o banco central dos Estados Unidos sinalizar alguma postergação do corte de estímulos e minimizar as chances de alta de juros. O valor é menor desde 10 de agosto (R$ 5,1957).

Na semana, a moeda acumula recuou 3,50%, maior baixa desde a semana de 7 de maio (-3,75%). No mês, a desvalorização é de 0,22%, enquanto no ano a valorização é de apenas 0.10% em comparação ao real.

Veja os assuntos mais importantes:

Federal Reserve (Fed)

A economia dos Estados Unidos continua a progredir em direção às condições estabelecidas pelo Federal Reserve para reduzir seus programas emergenciais da era da pandemia, disse o chair do Federal Reserve, Jerome Powell, nesta sexta-feira, em comentários que defenderam a visão de que a atual alta da inflação provavelmente passará e que não chegaram a sinalizar o momento de qualquer mudança efetiva na política monetária além de "este ano".

Em comentários preparados para discurso na conferência de banqueiros centrais de Jackson Hole, Powell sinalizou que o Fed permanecerá cauteloso em qualquer eventual decisão de elevar os juros à medida que tenta levar a economia de volta ao pleno emprego, dizendo que deseja evitar controlar uma inflação "transitória" e potencialmente desencorajar o crescimento do emprego no processo –defendendo a nova abordagem de política monetária do Fed que Powell introduziu há um ano.

IPEA

O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) prevê um resultado próximo da estabilidade para o Produto Interno Bruto (PIB) no segundo trimestre deste ano.

De acordo com uma análise trimestral divulgada nesta sexta-feira (27), os pesquisadores projetam um crescimento de 4,8% e 2,0% para 2021 e 2022, respectivamente.

Crise hídrica

O presidente Jair Bolsonaro reforçou nesta quinta-feira que o Brasil enfrenta uma crise hídrica e afirmou que o país está "no limite do limite", e pediu que as pessoas ajudem a economizar energia elétrica.

"Tenho certeza que você pode apagar um ponto de luz na sua casa", disse Bolsonaro em sua transmissão ao vivo semanal em redes sociais. "Apague um ponto de luz na sua casa."

Bolsonaro disse na live que o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, mantém conversa com governadores e discute a possibilidade de redução ou isenção de cobrança de ICMS sobre a bandeira tarifária.

Banco Central

Um dia depois de o Supremo Tribunal Federal (STF) confirmar a autonomia do Banco Central, o presidente da instituição, Roberto Campos Neto, fez ontem um discurso mais alinhado com o governo, argumentou que os números atuais não mostram a deterioração do cenário fiscal – repetindo que há diferença entre percepção com ruídos e realidade – e ainda voltou à narrativa de que a alta dos preços é "temporária".

"Cadê a grande deterioração fiscal? Números não mostram isso", disse ele, durante seminário promovido pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e pela Esfera, que contou ainda com a participação do presidente da Câmara, Arthur Lira (Progessistas-AL).

O discurso é bem mais ameno do que o feito no dia 13 de agosto, quando Campos Neto disse que "é impossível para qualquer Banco Central do mundo fazer um trabalho de segurar as expectativas (de inflação) com o fiscal descontrolado". Na terça-feira passada, ele já tinha baixado o tom ao dizer que via "um pano de fundo melhor do fiscal".

*Em atualização, com informações da Investing.com, Reuters e Estadão.