Por Ana Carolina Siedschlag, da Investing.com – Os analistas do BTG Pactual (SA:BPAC11) reiteraram firmemente a recomendação de compra para a Cosan (SA:CSAN3), com preço-alvo de R$ 130 para o final de 2021, o que implica uma alta potencial de 46% em relação ao atual preço da ação.
Perto das 11h55, os papéis da empresa subiam 2,94%, na ponta de altas do Ibovespa, negociado a R$ 91,36. A ação acumula alta de 3,88% nos últimos trinta dias e de 101% nas últimas 52 semanas.
Para os analistas do BTG, em relatório após o Investor Day da companhia, a Cosan parece estar pronta para entrar em um novo ciclo de crescimento, com oportunidades para a Raízen e a Compass (SA:PASS3). A atualização do preço-alvo, escreve, incorpora a aquisição da Biosev (SA:BSEV3), o controle da Rumo (SA:RAIL3) pós-reorganização societária e uma avaliação preliminar do Grupo Nós, implicando dividendo de fluxo de caixa livre de 5% no preço.
O banco de investimentos destacou as várias iniciativas prometidas pelo grupo nas áreas de energia, varejo, logística, digitalização, biogás, biomassa, comercialização, gás e energia renováveis, que devem colocar em teste o histórico de alocação de capital, ao mesmo tempo em que a empresa busca desbloquear valor por meio dos mercados de capitais.
Para eles, apesar de as novas estimativas já estarem bem acima do consenso de mercado, ainda há espaço para reavaliações por conta de “várias oportunidades de crescimento” da Raízen que ainda não foram captadas.
Eles citam o modelo de biogás, que pode “transformar o mercado de diesel”, o etanol 2G e a biomassa, que também podem significar um salto em termos de produtividade, a trajetória “incomparável” de energias renováveis da Raízen, que poderia enfrentar o mercado emergente de crédito de carbono, a comercialização de produtos de terceiros e a possível estreia da companhia no refino.
Em relação à Compass, eles escrevem ainda não terem capturado o valor associado a um possível negócio com a Gaspetro.