Banco Central avança em acordo com CVM para testes do Drex 

BC e CVM estão próximos de um acordo que permitirá o uso de ativos regulados nos testes da moeda digital brasileira

DREX
Banco Central do Brasil divulga lista de 13 projetos selecionados para a segunda fase de testes do Piloto Drex, envolvendo 16 consórcios e empresas

O Banco Central (BC) está cada vez mais próximo de colocar em prática o Drex, sua moeda digital, segundo o site de notícias InfoMoney. Durante o Blockchain Rio, o coordenador da iniciativa no BC, Fabio Araujo, anunciou que a autoridade monetária está finalizando um acordo com a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para utilizar ativos regulados pela CVM nos testes do Drex. 

“Nós estamos nos últimos passos para fechar um acordo especificamente para o piloto do Drex”, completou. Araujo disse que, em setembro, será aberta uma nova chamada pública para que instituições financeiras participem dos testes do Drex.  

Uma parte importante do desenvolvimento do Drex envolve a utilização de contratos inteligentes, ou smart contracts, que têm o potencial de automatizar processos financeiros, como a execução de garantias de crédito. 

Araujo destacou que, em caso de questionamentos, esses contratos seriam resolvidos judicialmente. No entanto, ele também reconheceu que a implementação destes contratos por diversos participantes pode gerar conflitos e desafios operacionais, o que requer um modelo de governança eficaz. 

Os casos de uso na segunda fase do piloto incluirão o Drex atacado, títulos do governo e Drex de varejo. Todos serão testados para garantir que atinjam níveis adequados de privacidade e segurança. 

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou anteriormente que a instituição está perto de encontrar uma solução que torne o sistema do Drex escalável sem comprometer a privacidade dos usuários. 

Araujo acrescentou que o BC está estudando as características desejáveis de interoperabilidade no sistema de moeda digital, em colaboração com a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e a Federação Nacional de Associações dos Servidores do Banco Central (Fenasbac), por meio do Lift Learning.