Os investimentos brasileiros em produtos de criptomoedas registraram um saldo líquido positivo de US$ 800 mil (aproximadamente R$ 5,3 milhões) até a última sexta-feira (4).
Assim, o Brasil contrariou o cenário global, que apresentou saídas líquidas de US$ 147 milhões no mesmo período. Na semana anterior, o cenário brasileiro foi diferente, com retiradas de R$ 16,3 milhões.
O levantamento, divulgado pela gestora de criptoativos CoinShares, revela um movimento diferente, em que o Brasil, ao lado de países como Canadá, Suíça e Austrália, teve entradas de recursos.
Porém, grandes mercados como Estados Unidos, Alemanha e Hong Kong registraram retiradas nesse período.
Criptomoedas e cenário global
O cenário global de quedas foi acentuado tanto por fatores econômicos quanto geopolíticos.
Nos Estados Unidos, dados positivos sobre o mercado de trabalho reduziram as expectativas de cortes mais agressivos na taxa de juros básica do Federal Reserve (Fed) em novembro.
Ao mesmo tempo, o aumento das tensões no Oriente Médio, com o ataque direto do Irã contra Israel, trouxe mais volatilidade para o cenário internacional.
Apesar disso, o mercado de produtos de investimento em criptomoedas apresentou um aumento no volume de negociações. O setor alcançou US$ 10 bilhões, representando uma alta de 15%.
Movimentos regionais e Brasil no cenário de criptomoedas
Além do Brasil, outros países também registraram entradas líquidas positivas. O Canadá liderou com um aporte de US$ 43 milhões, seguido pela Suíça com US$ 34,9 milhões e pela Austrália com US$ 2 milhões.
Em contrapartida, os Estados Unidos registraram a maior saída líquida, com um total de US$ 209 milhões.
Alemanha, Hong Kong e Suécia também sofreram retiradas, somando US$ 8,3 milhões, US$ 7,3 milhões e US$ 2,1 milhões, respectivamente.
Criptoativos em destaque
Em termos de ativos, o Bitcoin (BTC) e o Ethereum (ETH) foram os principais responsáveis pelas saídas líquidas, com retiradas de US$ 159 milhões e US$ 28,9 milhões, respectivamente.
Por outro lado, alguns criptoativos registraram entradas. Cestas de multiativos captaram US$ 29,4 milhões, seguidas por Solana (SOL), com US$ 5,3 milhões e Litecoin (LTC), com US$ 900 mil.