Indo na contramão

Brasil investe em criptomoedas mesmo com queda no mercado global

Na última semana, o Brasil aportou US$ 7,6 milhões em criptoativos, contrariando a tendência de saída no mercado global

Brasil investe em criptomoedas mesmo com queda no mercado global

O Brasil investe em criptomoedas? Apesar da queda no mercado global, o Brasil contradiz e investe em criptoativos. Na última semana, o país aportou US$ 7,6 milhões (cerca de R$ 43 milhões) em produtos de investimento do setor. Enquanto o segmento registrou US$ 30 milhões em saídas líquidas, segundo dados da CoinShares. 

Na mesma semana, apenas EUA e Austrália também registraram entradas líquidas, com US$ 43 milhões e US$ 2,9 milhões, respectivamente. Do outro lado, Alemanha, Hong Kong, Canadá e Suíça lideraram as saídas, com volumes de US$ 28,5 milhões, US$ 23,2 milhões, US$ 14,4 milhões e US$ 13,3 milhões, respectivamente. 

Apesar do aumento nos investimentos brasileiros, o volume total de negociação global de criptomoedas subiu apenas 43% na semana, alcançando US$ 6,2 bilhões. Esse valor ainda se encontra abaixo da média semanal anual de US$ 14,2 bilhões. Essa retração foi impulsionada principalmente pelas saídas líquidas do Ethereum (US$ 60,7 milhões) e do Short Bitcoin (US$ 4,2 milhões). 

Por outro lado, as principais entradas da semana foram registradas por cestas multiativos (US$ 17,9 milhões), Bitcoin (US$ 10 milhões) e Solana (US$ 1,6 milhão).  

Junho termina com entradas positivas, mas AuM recua 

Em junho, o mercado de criptomoedas fechou com US$ 830 milhões em entradas líquidas, enquanto o acumulado de 2024 atingiu um saldo de US$ 15,92 bilhões. Porém, o patrimônio sob gestão (AuM) voltou a cair, para US$ 88,69 bilhões. A CoinShares também apontou que o AuM recuou 19% este ano, em um volume de US$ 545 milhões. 

Estados Unidos lideram AuM, Brasil investe em criptomoedas se mantém na sexta posição 

Dentre os países com maior AuM, os Estados Unidos se destacam com US$ 69,58 bilhões. Ele é seguido pela Suíça (US$ 4,6 bilhões), Canadá (US$ 4,45 bilhões) e Alemanha (US$ 3,86 bilhões). O Brasil investe em criptomoedas e permanece na sexta posição, com um AuM acumulado de US$ 912 milhões. 

Em relação aos produtos e gestoras, Grayscale, 21Shares AG e CoinShares XBT registraram as maiores saídas líquidas, com US$ 153 milhões, US$ 29 milhões e US$ 6 milhões, respectivamente. Do outro lado, iShares ETFs da BlackRock, ARK 21 Shares, Bitwise ETFs e Fidelity ETFs se destacaram pelas entradas líquidas, com US$ 84 milhões, US$ 27 milhões, US$ 15 milhões e US$ 13 milhões, respectivamente.