A recente aprovação dos ETFs de Ethereum (ETH) à vista pela Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC) pode não ter sido motivada por pressões políticas, como se especulava anteriormente, de acordo com analistas da Bernstein.
Essa teoria de que a aprovação aconteceu para atrair eleitores nas eleições de novembro de 2024 perdeu força após o veto do presidente Joe Biden ao projeto de lei que revogaria o Boletim de Contabilidade da SEC (SAB) nº 121, afirmam os analistas da Bernstein, Gautam Chhugani e Mahika Sapra, em um relatório divulgado na segunda-feira (3).
Em vez disso, os analistas argumentam que a SEC se viu em uma posição delicada em relação ao ETF de Ethereum, pois a criptomoeda compartilha a mesma estrutura regulatória dos ETFs de Bitcoin à vista. Isso inclui a correlação entre os preços à vista e futuros do ETH, além da existência de diversos produtos futuros de Ethereum na Chicago Mercantile Exchange, fatores que implicam no status de commodity do criptoativo.
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Pode ser que “a SEC tenha adotado uma abordagem mais pragmática para evitar uma batalha legal", sugerem os analistas. "Independentemente das motivações, a aprovação representa um resultado extremamente positivo para a indústria de criptomoedas."
A Bernstein também revelou ter conversado com representantes de algumas das empresas que solicitaram a aprovação de ETFs de Ether à vista. Segundo os analistas, esses representantes também se mostraram "surpresos" com a decisão de última hora da SEC.
A SEC aprovou oficialmente os pedidos de 19b-4 da VanEck, BlackRock, Fidelity, Grayscale, Franklin Templeton, ARK 21Shares, Invesco Galaxy e Bitwise para emitir ETFs de Ether à vista no dia 23 de maio. No entanto, os oito emissores aprovados ainda precisam que a SEC assine suas declarações de registro S-1, um processo que pode levar entre semanas e meses.
