Em um cenário de crescente interesse por criptomoedas na América Latina, com 40 milhões de pessoas que tenham criptomoedas, a Argentina se destaca como líder regional em adoção, ultrapassando o Brasil, maior economia da região, de acordo com um relatório da exchange Lemon.
A pesquisa revela que os argentinos negociaram mais de US$ 85,4 milhões em criptoativos em comparação com US$ 85 milhões do Brasil. A Argentina também se destaca no crescimento de aplicativos de criptomoedas, com 4 em cada 10 argentinos utilizando tais plataformas.
Apesar da liderança argentina em adoção geral, as stablecoins, como USDT, dominam o volume de transações em ambos os países. Na Argentina, 80% do volume transacionado em exchanges envolve stablecoins, enquanto no Brasil, a Receita Federal já havia alertado para a superação do Bitcoin (BTC) por essas moedas atreladas a ativos tradicionais.
O relatório da Lemon também destaca cinco tendências que devem moldar o mercado de criptomoedas em 2024, como o halving do BTC e ciclos de mercado. A pesquisa aponta que o contexto macroeconômico também pode impactar o setor, como uma possível redução nas taxas de juros nos EUA.
A expansão da adoção e dos casos de uso das stablecoins deve impulsionar seu papel no ecossistema de criptomoedas em 2024, segundo o levantamento. Além disso, a Lemon indica que as criptomoedas podem revolucionar o mercado de remessas, especialmente na América Latina, com soluções que reduzem custos e aumentam a eficiência das transferências internacionais.