O Bitcoin (BTC) está passando por um período de efervescência similar ao "verão DeFi" do Ethereum (ETH) em 2020, impulsionado pelo lançamento do novo padrão de token Runes e pelo recente halving, que reduziu pela metade a recompensa de mineração.
Analistas da Bernstein, empresa de pesquisa e corretagem, afirmam que o Bitcoin não é mais um mero ativo para detenção, mas sim um blockchain em plena evolução, com diversos aplicativos e tokens descentralizados surgindo. "O Bitcoin está em um momento de 'verão DeFi', similar ao que o Ethereum viveu em 2020", declaram Gautam Chhugani e Mahika Sapra em nota aos clientes.
O halving, que reduziu as recompensas de mineração de 6,25 BTC para 3,125 BTC, coincidiu com um aumento significativo nas taxas de transação. No dia 20 de abril, os mineradores receberam um total de US$ 107,75 milhões, sendo 75% provenientes apenas de taxas de transação, um recorde histórico.
O recorde de 104 blocos consecutivos com taxas de transação superiores ao subsídio do bloco também foi alcançado. "É ótimo ver o experimento acontecendo e comprovando a teoria de que as taxas podem sustentar o orçamento de segurança termodinâmico!", comenta Jameson Lopp, cofundador da Casa.
Esse aumento nas taxas de transação pode ser atribuído ao Runes, um novo padrão de token fungível para BTC lançado no halving. "Isso é impulsionado pela atividade especulativa para cunhar novos tokens (principalmente tokens meme) por comerciantes de varejo", explicam os analistas da Bernstein.
Desenvolvido pelo criador do Ordinals, Casey Rodarmor, protocolo Runes, oferece uma solução mais eficiente para "gravar" tokens no Bitcoin em comparação com os tokens BRC-20. Mais de 7.000 tokens Runes já foram cunhados até agora, com "SATOSHI•NAKAMOTO" sendo o mais mantido.