Em entrevista à coluna E-Investidor do jornal O Estado de São Paulo, o presidente da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), João Pedro Nascimento, defendeu que as criptomoedas não representam uma ameaça ao mercado de capitais, mas sim uma oportunidade de investimento.
Com esse objetivo, a CVM pretende estreitar a comunicação com empresas do ecossistema cripto que trabalham com produtos tokenizados de valores mobiliários, a fim de entender seu papel, estrutura e características dos ativos ofertados. Nascimento destacou a importância de "dar voz e vez aos investidores de varejo" e atrair mais 10 milhões de pessoas físicas para a Bolsa de Valores do Brasil (B3) até 2027.
O presidente da CVM lembrou que a autarquia já definiu os Tokens de Recebíveis ou Tokens de Renda Fixa (TRs) como valores mobiliários em abril de 2023. Ele também mencionou que os Fiagros (Fundos de Investimentos em Cadeias Agroindustriais) devem integrar o arcabouço da CVM 175, que entrou em vigor em outubro de 2023 e permite que fundos multimercados brasileiros comprem criptomoedas em exchanges reguladas.
Nascimento acredita que a CVM 175, além de modernizar o mercado de capitais e aumentar a representatividade do agronegócio, também empodera os investidores de varejo, especialmente no caso dos FIDCs (Fundos de Investimento em Direitos Creditórios).