A Justiça Federal condenou a 36 anos e oito meses de prisão Victor Hugo Lima Duarte, ex-diretor da Braiscompany. O esquema financeiro, que prometia lucros fáceis em criptomoedas, colapsou em 2022 deixando centenas de vítimas.
Victor Hugo, que já estava preso preventivamente, seguirá encarcerado. A sentença do juiz Vinícius Costa Vidor, da 4ª Vara Federal de Campina Grande, apontou que ele atuava como “relações públicas da Braiscompany”.
Além disso, a investigação revelou que cerca de R$ 3,8 milhões em Bitcoin (BTC), provenientes das vítimas, foram transferidos para a carteira pessoal de Victor Hugo na exchange Binance.
A condenação abrange uma série de crimes financeiros cometidos por Victor Hugo: operar instituição financeira ilegalmente (artigo 16 da Lei 7.492/1986), oferta irregular de valores mobiliários (artigo 7º da Lei 7.492/1986), apropriação indébita (artigo 5º da Lei 7.942/1986), lavagem de dinheiro (artigo 1º da Lei 9.613/98) e participação em organização criminosa (artigo 2º da Lei 12.850/2013).
O advogado de Victor Hugo, Matheus Lima, disse ao Jornal da Paraíba que vai recorrer da sentença. Segundo ele, “vários pontos da sentença não se sustentam” e a defesa pede "absolvição total". O argumento é que a condenação se baseia na ligação com o casal fundador da Braiscompany, e não em provas concretas contra Victor Hugo.