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Lavagem de dinheiro com stablecoins pode distorcer preços, diz Bitrace

Pesquisa identifica dois cenários em que criminosos usam stablecoins para lavar dinheiro

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A lavagem de dinheiro com stablecoins pode distorcer os preços do mercado, de acordo com um relatório da Bitrace. A empresa de análise de blockchain examinou transações com Tether (USDT), a stablecoin mais popular do mundo, e identificou dois cenários em que criminosos usam o ativo para lavar dinheiro.

No primeiro cenário, denominado "ascendente", os criminosos compram USDT em uma plataforma de negociação por um preço de mercado e, em seguida, vendem o mesmo USDT para outra plataforma a um preço inflacionado. A diferença entre os preços serve como pagamento pelos serviços de lavagem de dinheiro.

A Bitrace estima que as transações ilegais de USDT podem custar o stablecoin entre 8 e 10 yuans chineses (RMB), o que equivale à cerca de R$ 5,45 e R$ 6,81, respectivamente.

No segundo cenário, denominado "descendente", os criminosos usam USDT para fins legítimos em plataformas que não possuem medidas abrangentes de combate à lavagem de dinheiro (AML) e conheça seu cliente (KYC).

“Algumas plataformas de pagamento proxy aceitam depósitos em USDT e usam fundos fiduciários para ajudar os usuários a fazer pagamentos em outras plataformas, incluindo recargas em plataformas de jogos de azar online, liquidar fundos de membros para plataformas de fundos, dar presentes em plataformas de transmissão ao vivo, fazer pedidos em plataformas de comércio eletrônico e até mesmo pagar salários aos funcionários”, afirmou o relatório. 

A fraca verificação AML/KYC das stablecoins "descendentes" dificulta a identificação de transações suspeitas, o que reduz o risco de congelamento de contas por parte das autoridades. Nesses casos, o USDT pode ser vendido com um desconto de 0,05 a 0,3 RMB.