O Mercado Bitcoin (MB) anunciou um novo serviço de empréstimos garantidos por criptomoedas. A nova linha de crédito, que será disponibilizada em breve tanto na plataforma da exchange quanto no aplicativo de pagamentos MB Pay, promete oferecer uma alternativa aos produtos de crédito tradicionais.
Um ponto que difere o novo produto são as taxas de empréstimos. Em empresas convencionais, essas taxas podem atingir até 9,45% ao mês. Em contraste, o Mercado Bitcoin oferece juros que começam em 1,4% ao mês.
Com base nos R$ 5 bilhões custodiados em criptomoedas na plataforma, o MB estima que seus clientes poderão acessar mais de R$ 1 bilhão em crédito. Isso porque os investidores terão a opção de utilizar até 30% do valor de seus ativos digitais como garantia para a concessão do empréstimo, que será analisado pela exchange.
Uma das principais vantagens do novo serviço é permitir que os investidores mantenham suas posições estratégicas em criptomoedas, que historicamente têm oferecido retornos superiores aos investimentos tradicionais.
Além disso, os clientes podem utilizar o crédito para diversas finalidades, como aquisição de novos criptoativos na plataforma, saque em reais para financiamento de despesas cotidianas, ou mesmo para substituir linhas de crédito com juros mais elevados.
“Sempre enxergamos o produto de crédito como uma área que poderia ser significativamente aprimorada pela tecnologia blockchain”, disse o CFO do Mercado Bitcoin, André Gouvinhas. “Com o empréstimo colateralizado em cripto, conseguimos oferecer maior eficiência e custos reduzidos para os clientes”.
Para ele, “este produto permite que os clientes se alavanquem para aproveitar oportunidades de mercado sem precisar se desfazer de seus ativos, por exemplo”.
Gouvinhas também destacou que este movimento é apenas o começo de uma transformação maior que será impulsionada pelo Drex, o real digital, e pela ampliação das operações tokenizadas.
“A programabilidade do dinheiro permite a liquidação automática on-chain, sem necessidade de intervenção humana, o que aumenta a segurança, reduz os riscos e diminui os custos operacionais, resultando em crédito mais acessível ao cliente final”, explicou.