Esquema bilionário

Polícia Federal realiza operação contra lavagem de dinheiro com criptomoedas

Polícia Federal lançou uma operação contra operadores do mercado financeiro envolvidos na conversão de dinheiro ilícito em criptomoedas

Polícia Federal realiza operação contra lavagem de dinheiro com criptomoedas

Nesta quarta-feira (9), a Polícia Federal (PF) lançou uma operação de grande escala contra operadores do mercado financeiro. Eles são acusados de prestarem serviços a organizações criminosas, facilitando a conversão de dinheiro ilícito em criptomoedas

Depois da conversão, essas criptomoedas eram posteriormente enviadas para o exterior e convertidas em dólares. A prática “cripto-cabo”, uma referência à prática de remessa ilegal de dólares, também chamada de “dólar-cabo”. 

A operação da PF contou com o apoio da Receita Federal. Além disso, cumpriu-se 62 mandados de busca e apreensão, 10 mandados de prisão preventiva e três mandados de prisão temporária em nove estados.  

A operação também apreendeu uma quantidade de gado em uma propriedade rural associada a um dos líderes da organização criminosa. 

Também foram sequestrados bens imóveis e veículos, e valores em contas bancárias de pessoas físicas e jurídicas investigadas foram bloqueados.  

Investigação e funcionamento do esquema com criptomoedas 

A investigação aponta que a organização criminosa realizava depósitos em espécie em contas de empresas de fachada, com sócios “laranjas”, totalizando pelo menos R$ 1,2 bilhão.  

De acordo com o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF), os depósitos eram feitos diariamente em diversas agências bancárias ao redor do Brasil.  

Após os depósitos, os valores eram convertidos em criptoativos e enviados para carteiras operadas no exterior, onde esses ativos digitais eram trocados por dólares, utilizados para pagamentos a fornecedores de drogas e armas. 

As autoridades estão investigando também as empresas de fachada e as exchanges que forneceram as criptomoedas, além dos doleiros envolvidos na evasão de divisas e na lavagem de dinheiro através do “cripto-cabo”. 

Uso do dinheiro ilícito

Os recursos obtidos por meio dessa prática criminosa foram supostamente usados para a compra de imóveis luxuosos em Santa Catarina e para financiar cirurgias de estrangeiros em hospitais de alto custo em São Paulo.  

A PF apura crimes como organização criminosa, lavagem de capitais, evasão de divisas, operação de instituição financeira ilegal e uso de documentos falsos. 

As informações são do InfoMoney