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Robinhood se prepara para lançar Futuros de Bitcoin e Ethereum nos EUA

Robinhood planeja lançar futuros de Bitcoin e Ethereum nos EUA e explorar futuros perpétuos na Europa, após aquisição da Bitstamp

Robinhood – Reuters
Robinhood – Reuters

Para impulsionar seu crescimento no mercado de criptoativos, a Robinhood se prepara para lançar futuros de Bitcoin (BTC) e Ethereum (ETH) nos EUA. A empresa também quer explorar a oferta de futuros perpétuos na Europa, segundo publicação da Bloomberg citando pessoas familiarizadas com o assunto. 

A estratégia da empresa se baseia na iminente aquisição da Bitstamp, exchange de criptomoedas com mais de 50 licenças e registros globalmente, por US$ 200 milhões. A compra, com previsão de finalização no primeiro semestre de 2025, dará à Robinhood acesso a clientes institucionais pela primeira vez.  

Futuros de Bitcoin e Ethereum nos EUA 

Com a aquisição da Marex FCM em março, a Robinhood obteve a licença necessária para oferecer futuros de criptomoedas nos EUA. Assim, empresa pretende lançar futuros de Bitcoin (baseado no CME BTC) e Ethereum, visando capturar o crescente interesse por produtos derivados no mercado de criptoativos. 

O mercado de derivativos de criptomoedas apresenta um grande potencial de crescimento, de acordo com a Bloomberg. Em maio de 2024, o volume de negociação à vista em exchanges centralizadas atingiu US$ 1,57 trilhão, enquanto o volume mensal de derivativos chegou a US$ 3,69 trilhões.  

Desafios regulatórios 

Porém, expansão da Robinhood no mercado de criptomoedas enfrenta desafios regulatórios. A empresa recebeu uma notificação da SEC (Comissão de Valores Mobiliários dos EUA) em maio, sinalizando preocupações da agência com seus produtos de cripto.  

Nessa época, CEO da Robinhood, Vlad Tenev, à CNBC, disse que a “a SEC consegue mudar as regras para permitir que corretores acomodem criptoativos, e eles não parecem ter a intenção de fazer isso. E, em vez disso, eles estão prosseguindo com a regulamentação por execução. E isso é decepcionante”. 

“Eu não queria ter que entrar nessa situação, mas temos que nos defender e advogar por nossos clientes. Acreditamos que os criptoativos estão se tornando cada vez mais importantes, e não seria aceitável para nós não ter americanos com acesso a eles”, completou Tenev.