O segmento de criptoativos cresceu em julho no Brasil, segundo dados da Bolsa de Valores do Brasil, a B3. O relatório de resultados operacionais do último mês destaca que em meio a volatilidade do setor, o volume médio diário de negociação de Bitcoin e outras criptomoedas na B3 alcançou 104 mil contratos.
O número representa um aumento de 56,3% em relação ao mês anterior. Esses dados também apontam no crescimento do contrato médio (RPC) que atingiu 2,185 dado a valorização de 70,5%.
Atualmente, há 14 ETFs cripto disponíveis no país, com um deles sendo oferecido via BDR (BlackRock) que acumulam mais de R$ 50 milhões negociados diariamente. O patrimônio líquido (PL) dos ETFs cripto na B3 já supera R$ 5 bilhões, com mais de 180 mil investidores ativos.
Felipe Gonçalves, superintendente de produtos de juros e moedas da B3, destacou em um evento recente que o mercado de criptoativos se desenvolveu no Brasil significativamente, tornando-se bem estruturado e com forte demanda por produtos do mercado de capitais, segundo o Cointelegraph.
“Estamos atentos aos próximos passos e ao que podemos evoluir”, afirmou Gonçalves, enfatizando que a instituição continuará a expandir seus programas de liquidez e formadores de mercado no segmento de ETFs.
A B3, que recentemente lançou o futuro de Bitcoin, está agora estudando novos contratos futuros, como o de Ethereum. Gonçalves apontou que o mercado de opções é importante para complementar o ecossistema de criptoativos e para atrair investidores institucionais mais fortes.
“Essas são as principais frentes em que estamos focados, além de outras questões operacionais, como a evolução do nosso modelo de risco. Nossa visão é que a demanda por esses produtos veio para ficar e estamos dedicados a acompanhar esse crescimento”, acrescentou.