Diversificação de carteiras cresce entre investidores brasileiros, revela pesquisa da B3

Pesquisa "O Brasil que Investe" revela que a diversificação é uma tendência entre os investidores brasileiros, buscando novas oportunidades

Diversificação de carteiras cresce entre investidores brasileiros, revela pesquisa da B3

Uma pesquisa realizada pela B3 em parceria com o instituto Bridge Research revelou uma tendência crescente entre investidores brasileiros em diversificar suas carteiras. O estudo, intitulado “O Brasil que Investe”, entrevistou 2.614 brasileiros com 18 anos ou mais, abrangendo todas as regiões do país e classes econômicas A, B e C.  

O levantamento identificou nove perfis de investidores. Entre os perfis mapeados, seis demonstraram intenção de diversificar suas carteiras. A pesquisa revelou que o perfil “Foco em Previsibilidade”, que representa 43% dos entrevistados, tem 57% das pessoas abertas a novas oportunidades de investimento. 

 No grupo “Portfólio Montado”, que são 16% dos investidores, 60% estão dispostos a explorar novas opções. O perfil “Sofisticados nos Investimentos”, embora menor (4%), é notável por 99% dos indivíduos já terem diversificado seus investimentos e 66% planejarem aportes mensais.  

Os investidores que mantêm pelo menos 75% de seu patrimônio no Tesouro Direto somam 3% da pesquisa. Este grupo demonstra uma alta disposição para diversificar, com 50% dispostos a explorar novas aplicações seguras. 

Entre os investidores “Experimentando a Bolsa”, que representam 2%, 54% estão abertos a novos investimentos. Este grupo é motivado pela busca de independência financeira (26%) e aposentadoria (24%). 

Os investidores “Swing Traders” e “Day Traders” possuem uma abordagem mais focada. “Swing Traders” realizam operações de curto ou médio prazo e valorizam a liquidez, enquanto “Day Traders” buscam retornos rápidos no mesmo dia. 

Os outros três perfis com menor diversificação são o “Minha Conta É Meu Investimento”, que representa 21% dos investidores e mantém capital em contas correntes com aplicações automáticas em títulos de renda fixa. Os “Fundos Imobiliários” (9%), com a maioria do patrimônio em produtos imobiliários; e “Day Traders” (1%), que buscam retornos diários e geralmente possuem um único produto na carteira. 

Felipe Paiva, diretor de Pessoas Físicas na B3, destacou a importância da pesquisa, pois o “Brasil já deixou de ser há tempos, o país mono produto, só da poupança ou somente da ação ou do investidor a longo prazo”. Ele completou que “é o país do Fundo Imobiliário, do Tesouro Direto, das ações locais e internacionais, ETF e BDR, dos produtos de captação bancária e dívida corporativa, dos ativos digitas entre outros, e dos novos investidores, aos sofisticados que diversificam aos day traders”.