Gabriel Galípolo declarou que o Drex, a moeda digital do Banco Central (CBDC), possui um potencial de revolucionar o sistema financeiro brasileiro.
Veja o que o futuro presidente do Banco Central do Brasil acredita sobre esse projeto e outras inovações.
O que Galípolo acha do Drex?
Galípolo destacou que a implementação do Drex pode resultar em uma diminuição do custo do crédito para os consumidores finais.
“A própria ideia do Drex permite que a gente consiga avançar e produzir uma revolução, enquanto infraestrutura pública digital, para o crédito colateralizado, viabilizando a redução dos spreads“, comentou em sabatina no Senado Federal.
Compromisso com a inovação
Ele assume a presidência do BC após a gestão de Roberto Campos Neto e se comprometeu a continuar as inovações idealizadas nessa administração, inclusive o Drex.
Galípolo disse que o processo de automação do Drex tornará mais fácil a concessão de empréstimos através da apresentação de garantias.
Isso deverá resultar na diminuição dos spreads bancários, especialmente em operações mais arriscadas, como as relacionadas ao crédito rotativo, que frequentemente apresenta taxas elevadas.
Os spreads bancários referem-se à diferença entre o custo de captação das instituições financeiras e as taxas de juros que são repassadas aos consumidores.
Fase atual do Drex
Atualmente, a segunda fase do Piloto Drex está em andamento, testando soluções que visam otimizar o mercado de crédito e reduzir os riscos de inadimplência para as instituições financeiras.
Grandes bancos como Banco do Brasil, Bradesco e Itaú, em consórcios com a ABBC e a ABC, estão trabalhando para desenvolver a adoção de títulos públicos e Certificados de Depósito Bancário (CDBs) em operações de crédito.
O MyCryptoChannel sempre traz novidades sobre o desenvolvimento do Drex. Acompanhe aqui novas informações da CBDC brasileira e sobre outros assuntos do setor.
Impactos no mercado imobiliário
Galípolo também prevê que o mercado imobiliário se beneficiará com a implementação do Drex.
Assim, esse movimento aconteceria pois o financiamento para aquisição de imóveis poderá utilizar fontes de recursos além da tradicional poupança e do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço).
Regulamentação e fiscalização
O futuro presidente do BC reconheceu que a regulamentação das novas estruturas de mercado exigirá uma atuação ativa da autoridade monetária.
Além disso, Galípolo mencionou que o Banco Central pretende colaborar com a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e a Superintendência de Seguros Privados (Susep). Ele quer garantir uma regulamentação que cobrirá áreas como criptomoedas, stablecoins e a tokenização de ativos do mundo real (RWA).