Por Ana Carolina Siedschlag, da Investing.com – As ações da Engie Brasil Energia (SA:EGIE3) caíam levemente nesta sexta-feira (12), a 0,28%, após registrar lucro líquido de R$ 1,029 bilhão no quarto trimestre de 2020, um salto de 66,7% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Perto das 11h22, os papéis eram negociados a R$ 45,69. A ação acumulava alta de 5,74% nos últimos trinta dias e queda de 6,3% nas últimas 52 semanas.
Os analistas do Bradesco BBI elevaram a recomendação da companhia de Venda para Neutra, com preço-alvo de R$ 48, citando como preço justo para uma “empresa referência em governança”.
A corretora assinala ainda que a alta do IGP-M deve ter impacto positivo na TAG, na qual a Engie tem 65% de participação.
Já para a Ativa Investimentos a companhia suportou bem o cenário de desafiador das condições hidrológica e pluviométrica da região Sul do país, que fez a produção bruta de energia cair 10,7% e a hidrelétrica 17%.
Os analistas destacam ainda que a Engie superou a queda de 1,3% na energia vendida e manutenção do preço médio líquido de venda por conta do reconhecimento de receitas oriundas de seus avanços nas obras de transmissão Novo Estado e Gralha Azul (SA:AZUL4).
A Ativa ainda apontou que a alavancagem da companhia caiu para um patamar “extramemente confortável”, de 1,8 vez, embora a dívida bruta tenha evoluído 15,5% e a dívida líquida 15,6% no ano.
O conselho de administração da Engie aprovou a proposta de distribuição de dividendos complementares no montante de R$ 609,6 milhões, ou R$ 0,7471 por ação, a ser ratificada pela Assembleia Geral Ordinária.
Já os analistas do BTG Pactual (SA:BPAC11) escreveram em relatório que o EBITDA ajustado da companhia, de R$ 6,48 bilhões, alta de 25,7% no ano, veio abaixo do esperado pelo banco de investimentos com impacto de compras de energia acima do esperado e maiores gastos operacionais e administrativos.
Enquanto isso, os analistas da XP Investimentos apontaram o oposto: avaliaram os resultados da Engie como positivos, com o EBITDA Ajustado do período acima das estimativas da corretora. Os analistas mantiveram a recomendação neutra na para o papel, com preço-alvo de R$ 44 por ação.