ETFs

O que são ETFs distributivos e acumulativos?

Descubra as diferenças e como escolher o melhor para seu perfil de investimento

Entenda as diferenças entre ETFs acumulativos e distributivos
ETFs são fundos de investimento negociados em bolsa que permitem diversificação e acessibilidade aos investidores | Unsplash

Os ETFs, ou fundos negociados em bolsa, são veículos de investimento que permitem aos investidores comprar uma coleção diversificada de ativos, como ações, títulos ou commodities, através de uma única transação. Eles são projetados para rastrear o desempenho de um índice específico ou um setor particular.

Para muitos, a acessibilidade e flexibilidade dessa classe de ativos os tornam uma escolha popular entre investidores de todos os níveis. Eles proporcionam uma maneira eficiente e econômica de diversificar uma carteira de investimentos.

A sua importância não pode ser subestimada. Eles oferecem uma exposição ampla a diferentes mercados e ajudam a espalhar o risco e potencialmente melhorar os retornos a longo prazo

Além disso, esses ativos tendem a ter taxas de gestão mais baixas em comparação com fundos mútuos tradicionais. Isso os torna uma opção mais acessível para investidores que buscam maximizar seus retornos líquidos. 

Com a capacidade de serem comprados e vendidos como ações durante o horário de mercado, os ETFs também oferecem uma boa liquidez e permitem que os investidores ajustem suas posições conforme necessário.

Existem dois tipos de ETFs, os acumulativos e os distributivos. Os do primeiro tipo, reinvestem automaticamente os dividendos recebidos, aumentando o valor do fundo com o tempo e aproveitando o efeito do juro composto. Já os distributivos pagam os proventos diretamente aos investidores, proporcionando uma fonte de renda passiva. 

Para Fábio Murad, sócio-diretor da Ipê Investimentos, “a escolha entre um ou outro depende dos objetivos financeiros e do perfil de cada investidor. Isso é importante para maximizar o crescimento de capital a longo prazo ou para obter uma renda regular e estável”.

Sobre os ETFs acumulativos

Mais a fundo nessa modalidade, os ETFs acumulativos têm uma característica específica: reinvestem automaticamente os dividendos recebidos das ações que compõem o fundo. Isso significa que, em vez de receber em dinheiro, o investidor vê seu capital aumentar progressivamente, devido ao efeito dos juros compostos.

“Esses ETFs são ideais para quem busca crescimento a longo prazo, já que o reinvestimento dos dividendos potencializa os ganhos, a fim de que o investidor aproveite ao máximo o efeito dos juros compostos”, explica Murad.

Além disso, eles são vantajosos do ponto de vista fiscal. Em muitos países, os dividendos reinvestidos não são tributados imediatamente, o que pode resultar em um crescimento mais rápido do capital investido. 

No entanto, é fundamental verificar as regras específicas de cada jurisdição.

Esses ativos são mais adequados para investidores com perfil arrojado, que estão dispostos a assumir maiores riscos em busca de um crescimento significativo de capital a longo prazo. 

Esses investidores focam no potencial de valorização dos ativos e aproveitam o reinvestimento automático dos dividendos para maximizar os ganhos através do efeito dos juros compostos.

E os ETFs distributivos?

Por outro lado, os ETFs distributivos pagam os dividendos diretamente aos investidores. Isso significa que, periodicamente, os investidores recebem uma quantia a mais das empresas dentro do fundo. Essa característica os tornam uma opção interessante para quem busca um fluxo de renda regular.

De acordo com Murad, “investir em ETFs distributivos é uma estratégia ótima para quem precisa de uma renda complementar. Uma estratégia que eu recomendo e uso é reinvestir esses dividendos em novas cotas do fundo, criando uma grande bola de neve com o tempo“.

Além disso, os ETFs distributivos podem ser mais atrativos para investidores conservadores que preferem ver os resultados de seus investimentos em forma de renda periódica. Ainda assim, é necessário considerar que os dividendos recebidos podem estar sujeitos a tributação, dependendo das leis fiscais do país.

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