FIIs

FIIs: Quanto rende R$ 100 em Fundos de Investimentos Imobiliários?

Entenda o retorno ao aplicar em ativos imobiliários

Investir em Fundos de Investimento Imobiliário permite rentabilidade atrativa com diversificação e gestão profissional, ideal para iniciantes
Investir em Fundos de Investimento Imobiliário permite rentabilidade atrativa com diversificação e gestão profissional, ideal para iniciantes

Com a chegada do segundo semestre, muitos decidiram iniciar seus investimentos. Uma opção atrativa e que rende  dividendos são os Fundos de Investimentos Imobiliários (FIIs). Mas você sabe quanto rende R$ 100 nesses ativos?

Os FIIs permitem que investidores participem do mercado imobiliário sem precisar adquirir imóveis diretamente. Com valores acessíveis, é possível comprar pequenas partes de propriedades como shoppings e escritórios. As cotas são negociadas na Bolsa de Valores, simplificando o processo. Além disso, estes ativos oferecem rendimentos mensais dos lucros obtidos com aluguéis e são geridos por profissionais, tornando o investimento ideal para iniciantes.

Para começar, o primeiro passo é abrir uma conta em uma corretora. Somente através dessas instituições é possível realizar operações na B3, a Bolsa de Valores brasileira. Muitas delas oferecem abertura de conta gratuita e até mesmo isenção de taxas de corretagem, facilitando o acesso ao mercado.

Após abrir a conta, é necessário transferir o dinheiro da sua conta bancária para a corretora. Esse processo é simples e pode ser realizado por meio de transferências bancárias, incluindo o Pix, que tornou as transações mais rápidas e práticas.

Com o dinheiro na corretora, o próximo passo é procurar o fundo imobiliário desejado pelo ticker, o código pelo qual ele é negociado na Bolsa. A compra pode ser feita via Home Broker ou pela barra de pesquisa da plataforma da corretora, tornando o processo acessível para iniciantes.

Quais os tipos de FIIs?

Na B3, os investidores encontram diferentes tipos de FIIs, cada um com sua estratégia específica. Os fundos de tijolo adquirem imóveis diretamente e os administram, permitindo que investidores se tornem proprietários de shoppings, lajes corporativas e outros.

Por outro lado, os fundos de papel investem em títulos de renda fixa do mercado imobiliário, como Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI) e Letras de Crédito Imobiliário (LCI). Esses fundos não possuem propriedades físicas, mas geram rendimentos a partir dos juros desses títulos.

Os fundos de fundos (FoFs) são outra opção interessante, pois investem em outros fundos imobiliários, oferecendo maior diversificação. Com eles, é possível aplicar em diversos setores e tipos de imóveis com um único investimento.

Investindo R$ 100 nos em FIIs

Para calcular quanto rende R$ 100 em Fundos de Investimentos Imobiliários, precisamos entender dois conceitos importantes: dividend yield e valorização do FII.

O primeiro é a taxa de retorno do dividendo em relação ao valor investido. Por exemplo, se um fundo imobiliário tem um dividend yield de 8% ao ano, isso significa que ele paga 8% do valor investido em dividendos ao longo de um ano.

Os FIIs também podem se valorizar ao longo do tempo. A valorização ocorre quando o preço das cotas do fundo aumenta devido a diversos fatores, como aumento da demanda, melhores resultados financeiros do fundo, entre outros.

Vamos supor que você invista R$ 100 em um FII com um dividend yield de 8% ao ano e que o preço da cota do FII valorize 5% ao longo do ano.

Investindo inicialmente R$ 100 em Fundos de Investimento Imobiliário (FIIs) com um dividend yield anual de 8%, você receberia R$ 8 em dividendos ao final de um ano. Isso significa que apenas através deles, o seu investimento inicial já começa a gerar retorno.

Além disso, há também a valorização da cota do FII a ser considerada. Se a valorização anual da cota for de 5%, o valor da cota após um ano seria R$ 105, acrescentando mais R$ 5 ao retorno do seu investimento, considerando a valorização do ativo.

Portanto, somando os dividendos recebidos (R$ 8) e a valorização da cota (R$ 5), o retorno total após um ano seria de R$ 13. Esses ganhos mostram como os FIIs podem ser uma opção atrativa para quem quer retorno tanto através de proventos quanto da valorização do capital investido.

Portanto, ao final de um ano, seu investimento de R$ 100 em um FII teria gerado um retorno total de R$ 13, considerando tanto os dividendos quanto a valorização da cota. Assim, seu capital total seria de R$ 113.

É importante lembrar que esses valores não são constantes, pois os rendimentos desses ativos podem variar. Porém, existem FIIs que tem um bom histórico de pagamento de proventos, dentre eles:

1. HGLG11 (CSHG Logística)

O HGLG11 é um fundo de investimento imobiliário focado no setor logístico. Ele investe em galpões e centros de distribuição, proporcionando aos investidores uma exposição ao crescimento do e-commerce e da logística no Brasil. O fundo é conhecido por sua boa gestão e pela distribuição consistente de dividendos.

2. MXRF11 (Maxi Renda FII)

O MXRF11 é um fundo híbrido que investe tanto em imóveis físicos quanto em títulos de renda fixa do setor imobiliário. Esse fundo é popular entre os investidores devido à sua diversificação e ao pagamento regular de dividendos. Ele é uma boa opção para quem busca um equilíbrio entre segurança e retorno.

3. KNRI11 (Kinea Renda Imobiliária)

O KNRI11 é um dos fundos mais tradicionais do mercado brasileiro. Ele investe em imóveis comerciais, como escritórios e agências bancárias, localizados em regiões estratégicas. O fundo é gerido pela Kinea, uma das maiores gestoras de FIIs do Brasil, e é conhecido por conta da sua estabilidade e bons rendimentos.

4. VISC11 (Vinci Shopping Centers)

O VISC11 investe em shoppings centers, oferecendo aos investidores a oportunidade de participar dos lucros gerados por esses empreendimentos. O fundo é interessante para aqueles que acreditam na recuperação do varejo e na retomada do consumo. Além disso, o VISC11 é conhecido por distribuir dividendos atrativos.

5. XPML11 (XP Malls)

O XPML11 é outro fundo focado em shoppings, com participações em alguns dos maiores e mais modernos centros de compras do Brasil. A gestão ativa do fundo busca maximizar o retorno dos investimentos e proporcionar uma boa distribuição de dividendos aos cotistas. É uma opção interessante para quem busca exposição ao setor de varejo com uma gestão qualificada.

Esses fundos são apenas algumas das opções disponíveis no mercado, e é importante realizar uma análise detalhada antes de investir. Diversificar os investimentos e conhecer bem cada fundo pode ajudar a maximizar os retornos e reduzir os riscos.

Estratégias “bola de neve”

Investir R$ 100 pode parecer um valor inicial modesto, mas é importante entender que os investimentos não se tratam apenas de grandes somas de dinheiro. Com uma estratégia bem definida, mesmo pequenos valores podem se transformar em significativos ao longo do tempo. Um dos métodos mais eficazes para maximizar os rendimentos de um investimento é o reinvestimento dos dividendos recebidos em novas cotas de Fundos de Investimento Imobiliário (FIIs).

A estratégia de reinvestir os dividendos permite que os rendimentos gerados por seus investimentos iniciais sejam utilizados para adquirir mais cotas de FIIs. Ao fazer isso, o investidor está aumentando gradativamente o montante de capital investido. Esse processo cria um efeito de “bola de neve”, onde os proventos aumentam com o tempo devido ao maior número de cotas possuídas. Com cada ciclo de reinvestimento, a quantidade recebida tende a crescer, acelerando ainda mais o crescimento do patrimônio.

Com o passar dos anos, essa abordagem pode resultar em um portfólio substancialmente maior do que o investimento inicial. O poder dos juros compostos torna-se evidente à medida que os dividendos reinvestidos geram novos, criando um ciclo contínuo de crescimento. Portanto, mesmo começando com um valor pequeno como R$ 100, a disciplina e a consistência no reinvestimento podem levar a rendimentos significativos a longo prazo, transformando um investimento modesto em uma fonte robusta de renda passiva.

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