Baixas acentuadas

Gigantes do petróleo em queda com fortalecimento do dólar

O índice do dólar, que acompanha o desempenho da moeda norte-americana em relação a uma cesta de seis outras divisas, está no curso para o maior ganho semanal desde setembro

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Por Dhirendra Tripathi, do Investing.com – As ações das empresas integradas de petróleo, bem como de refinadoras e distribuidoras, apresentavam queda na sexta-feira, com o fortalecimento do dólar e do petróleo, apesar da redução no preço de outras commodities.

O índice do dólar, que acompanha o desempenho da moeda norte-americana em relação a uma cesta de seis outras divisas, está no curso para o maior ganho semanal desde setembro.

O dólar em alta torna o petróleo mais caro em outras moedas, restringindo a demanda.

Chevron (NYSE:CVX) (SA:CHVX34), e Marathon Petroleum (NYSE:MPC) (SA:M1PC34) caíam mais de 2% cada, e a Exxon Mobil (NYSE:XOM) (SA:EXXO34) apresentava recuo de 1,9%. BP (NYSE:BP) (SA:B1PP34) perdia 3,2%, e a  Royal Dutch Shell (NYSE:RDSa) (SA:RDSA34) tinha queda de 4,5% por volta das 15h45 (horário de Brasília).

O tom radical do Federal Reserve na quarta-feira em relação à inflação assustou os investidores, ainda que o banco central tenha descartado uma elevação da taxa de juros até pelo menos 2023. Os pontos de dados conflitantes e a quebra de regras tradicionais também vêm causando ansiedade entre os investidores.

No mesmo horário, o índice de futuros do WTI tinha alta de 0,8%, para US$ 71,64 por barril, enquanto o futuros do Brent avançava 0,6% para US$ 73,51. Na quarta-feira, o Brent fechou ao seu preço mais alto desde abril de 2019, enquanto o WTI encerrou o pregão em sua máxima desde outubro de 2018.  

Mais cedo na sexta-feira, os diretores da OPEP receberam informações indicando que o crescimento da produção de petróleo dos EUA provavelmente continuará limitado em 2021, apesar do aumento dos preços, como noticiado pela Reuters.

Embora os preços mais elevados do petróleo sejam um incentivo a todos os exploradores, eles são de particular importância para os produtores de gás de shale dos EUA, dado que o seu custo de produção para cada barril é mais elevado e os preços em alta tornam a sua extração mais atraente.   

Os produtores norte-americanos estão preferindo se concentrar na disciplina de capital e no retorno dos investidores, em vez da expansão da oferta, foi informado o Conselho da Comissão Econômica da OPEP segundo informes da Reuters.