Por Ana Carolina Siedschlag, da Investing.com – A XP Investimentos atualizou a cobertura para os papéis do GPA (SA:PCAR3) e iniciou os do Assaí, ambos com recomendação de Compra, após a conclusão da fusão das companhias, sinalizando a preferência pelo braço de atacarejo do grupo por ser “barato demais para ser ignorado”. Já o Credit Suisse (SIX:CSGN) rebaixou os papéis do GPA de Compra para Neutro por ver limitação para altas.
Perto das 15h38, os papéis do GPA caíam 3,09%, a R$ 22,61, enquanto os do Assaí recuava 1,29%, a R$ 70,48.
Para os analistas da XP Investimentos, o setor de supermercados deve continuar a ter uma performance forte no curto prazo, dada a continuidade de restrições relacionadas à Covid-19, e também se manter resiliente no “novo normal” pós-pandemia, com horários de trabalho mais flexíveis e a implementação do home office.
Eles estimaram o preço-alvo de R$ 120 para a ação do Assaí, pelo múltiplo “muito atrativo” de 15 vezes o preço sobre o lucro estimado para 2021, um desconto de 35% versus os pares internacionais.
Para a corretora, a empresa tem uma perspectiva de crescimento sólida, puxada por planos de expansão e expansão de margem EBITDA decorrente de alavancagem operacional e desalavancagem, além de forte geração de caixa e vasta experiência da diretoria, com mais de 20 anos de experiência no varejo alimentar.
Dentre os riscos, eles apontam para o fim do auxílio emergencial, em dezembro do último ano, o aumento das restrições contra a Covid-19 e a competição com outros pares do setor.
GPA
Já sobre o GPA, os analistas escreveram ver as recentes iniciativas da companhia de otimizar as operações com bons olhos, destacando que elas já estão gerando resultados.
Para eles, a manutenção de margem EBITDA em níveis sólidos é sustentada por melhorias operacionais, enquanto que a digitalização dos serviços é um ponto positivo.
A corretora tem agora preço-alvo de R$ 28 para o GPA.
Enquanto isso, o Goldman Sachs rebaixou a recomendação do papel de Compra para Neutra, vendo espaço relativamente moderado para a alta das ações, com queda nas margens brutas na adaptação do formato de hipermercado para lojas menores.
O banco vê um potencial choque da inflação dos alimentos, o aumento da competição e desafios de execução como os riscos de queda para o papel.