
ATUALIZAÇÕES DE MOVIMENTAÇÕES DO IBOVESPA:
- – 10:12: Ibovespa: -0,40%, aos 129.137,49 pontos.
Na sessão anterior…
Na última quinta-feira (17), o Ibovespa (IBOV), principal índice da B3, a Bolsa de Valores brasileira, encerrou o pregão em alta de 1,04%, aos 129.650,03 pontos.
Brasil
Nesta terça-feira (22), o mercado financeiro local observa as novas projeções do Boletim Focus, do Banco Central (BC), para o IPCA (inflação), Selic (juros), PIB (crescimento) e dólar em 2025, 2026, 2027 e 2028.
Além disso, investidores monitoram a participação de Gabriel Galípolo, presidente do Banco Central (BC), em audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado Federal.
Balanços
Após o fechamento dos mercados, a AgroGalaxy (AGXY3), empresa em recuperação judicial, informa seu desempenho financeiro no 4° trimestre de 2024.
EUA
Nesta terça-feira (22), o mercado norte-americano monitora dos dados industriais e de serviços em abril, a serem informados pelo Federal Reserve (FED).
Além disso, observa os discursos de dois dirigentes da autoridade monetária: Phillip Jefferson e Patrick Harker.
As críticas de Trump a Powell se intensificam
Após o discurso de Jerome Powell, presidente do Federal Reserve (FED), em Chicago sobre os efeitos negativos das tarifas, o presidente dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, intensificou os ataques e acusou a autoridade monetária de prejudicar a economia.
Além disso, a sinalização do Federal Reserve (FED) de manter os juros entre 4,25% e 4,50% frustrou investidores e irritou ainda mais o presidente.
Powell afirmou que o FED avalia qual mandato priorizar. Sugeriu alta de juros, e, com isso, contrariou expectativas de cortes e reforçou sua cautela.
Na última segunda-feira (21), Trump minimizou a inflação e, na Truth Social, exigiu cortes imediatos. O mandatário acusou Powell de desacelerar a economia com juros altos.
Ao mesmo tempo, cresce a especulação sobre uma possível demissão de Jerome Powell e o temor de que o Federal Reserve (FED) perca sua independência institucional.
De acordo com analistas, essa ameaça superaria até os temores em relação às tarifas, pois abala a credibilidade do FED e da liderança econômica norte-americana.
Esses cortes motivados politicamente aumentariam a inflação e exigiriam correções mais duras depois, o que comprometeria a estabilidade econômica.
O HSBC reforçou a crítica: as políticas comerciais dos EUA já prejudicaram a imagem do dólar, antes visto como um ativo de proteção.
Com isso, a moeda norte-americano perdeu força diante do euro e do iene. O banco agora aposta no franco suíço como alternativa mais segura.
Já a Pimco questiona a sustentabilidade do dólar como moeda de reserva e recomenda aos investidores reduzirem sua exposição na divisa norte-americana.
A gestora também sugere posições ligadas ao aumento da inclinação da curva de juros e mais alocação em renda fixa global.
A BlackRock, por sua vez, recomenda apenas Treasuries curtos como forma de proteção. Já os de longo prazo estão subavaliados. Para a gestora, as pressões de Trump por redução rápida do déficit podem elevar os juros dos Treasuries, gerando novas tensões.
De acordo com a BlackRock, as negociações tarifárias imprevisíveis afugentam investidores estrangeiros e dificultam o financiamento da dívida pública norte-americana.
China
Enquanto alertava contra acordos comerciais desfavoráveis, a China ordenou que fundos estatais suspendessem novos aportes em private equity dos EUA, segundo o Financial Times.
Sob pressão de Pequim, investidores chineses deixaram de comprometer capital com gestoras americanas e, em alguns casos, pediram exclusão total de negócios nos EUA.
A China Investment Corporation (CIC) e outros fundos estatais estão entre os que recuam, e marcam uma mudança significativa na estratégia de investimentos externos.
Por décadas, instituições como a CIC e a SAFE impulsionaram o crescimento do private equity norte-americano, hoje um setor de US$ 4,70 trilhões.
Essa reviravolta reflete a intensificação das tensões comerciais entre China e Estados Unidos, que seguem em trajetória de confronto.