A ANBIMA (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais) encaminhou nesta sexta-feira (1º) uma série de sugestões para a audiência pública da CVM (Comissão de Valores Mobiliários) sobre a atuação de influenciadores digitais.
Uma delas é a definição dos limites entre é opinião e análises ou recomendações de produtos financeiros nas redes sociais destes influencers. As manifestações foram discutidas em grupo de trabalho formado por cerca de 20 instituições e contou com a participação dos próprios influenciadores.
“Apenas profissionais certificados podem fazer análises ou recomendações de produtos, ou serviços financeiros. Mas nem todos os influenciadores têm essas qualificações. Eles podem dar uma opinião, que pode ser interpretada como recomendação ou análise. O limite entre as duas coisas é muito tênue. É importante dar mais clareza, do ponto de vista regulatório, para essa linha que divide as duas coisas”, afirma Luiz Henrique Carvalho, gerente executivo de Distribuição da ANBIMA.
O executivo explica que as ideias precisarão ser aprofundadas em conjunto com a CVM, levando em consideração questões como a recorrência, continuidade e remuneração envolvidas na atividade.
“A discussão é complexa e devemos avançar no sentido de tornar essa diferenciação mais transparente, mas dificilmente teremos uma regra que contemple todas as possibilidades, até pelo dinamismo e fluidez da atividade dos influenciadores”, analisa.
(Informações da ANBIMA)