Investimentos

Investimentos crescem 7,6% no Brasil e fecham o 1º semestre em R$ 7 trilhões, mostra ANBIMA 

Renda fixa se destaca, e aplicação em títulos isentos de IR cresce mesmo com novas regras do CMN

Cenário para os fundos multimercados no segundo semestre de 2024
Perspectivas e estratégias para fundos multimercado no segundo semestre de 2024, em meio a desafios econômicos e oportunidades de diversificação

Os investimentos dos brasileiros pessoas físicas somaram R$ 7 trilhões no primeiro semestre de 2024, aumento de 7,6% na comparação com o fechamento de 2023, segundo dados divulgados nesta terça-feira (13) pela ANBIMA (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais).

O volume engloba as aplicações dos clientes do varejo tradicional, do varejo alta renda e do private (investidores com mais de R$ 5 milhões aplicados).

Com carteiras mais concentradas na renda fixa, ambos segmentos do varejo se destacaram no semestre. O alta renda cresceu 9,7%, chegando a R$ 2,4 trilhões, enquanto o tradicional avançou 9,5%, somando R$ 2,3 trilhões. Juntos, os dois segmentos correspondem a uma fatia de 68,6% do volume investido no primeiro.

“O varejo concentra a maior parte das aplicações em instrumentos de renda fixa, que são favorecidos pela Selic ainda em dois dígitos. Já o private tem a carteira mais diversificada, com 30% da fatia alocada em renda variável, que é mais influenciada pelas incertezas dos cenários interno e externo”, diz Ademir A. Correa Júnior, presidente do Fórum de Distribuição da ANBIMA.

Renda fixa se destaca

Neste cenário, a renda fixa cresceu 10,1% no primeiro semestre de 2024 em comparação a dezembro de 2023, chegando a R$ 4 trilhões, o equivalente a 57,8% do montante aplicado. A previdência ampliou em 10,8% sua posição nas carteiras, totalizando R$ 1,15 trilhão. Contribuiu para o avanço a inclusão, a partir de dezembro do ano passado, de estatísticas sobre o investimento em previdência aberta no varejo.

O investimento em híbridos, que inclui fundos multimercados, cambiais, imobiliários, ETFs (Exchange Traded Funds ou fundos de índice) e COEs (Certificados de Operações Estruturadas), aumentou 1,2%, somando R$ 799,2 bilhões. As aplicações em renda variável ficaram praticamente estável no semestre, com leve recuo de 0,5%, para R$ 974,8 bilhões.

Na divisão por instrumentos, títulos e valores mobiliários fecharam o semestre com R$ 3,1 trilhões, crescimento de 7,8% entre dezembro de 2023 e o final de junho de 2024. O investimento em fundos subiu 7,7%, para R$ 1,7 trilhão, e, em poupança avançou 2,8%, chegando a R$ 951,7 bilhões.