A JBS (JBSS3) comunicou nesta terça-feira (22) que obteve a aprovação sobre a listagem dupla de suas ações na SEC (orgão regulador dos Estados Unidos). Com a notícia, as ações subiam 5,73%, cotadas a R$ 47,05, por volta de 11h00 (horário de Brasília) nesta quarta-feira (23).
As novas ações Classe A também estão em processo de aprovação para listagem na Bolsa de Valores de Nova York (NYSE). O Conselho de Administração convocou uma Assembleia Geral Extraordinária para o dia 23 de maio, na qual os acionistas minoritários (que detêm cerca de 30% das ações em circulação) decidirão se aprovam ou não a operação.
Espera-se que os acionistas apoiem a decisão, o que tornaria esse possivelmente o último grande passo antes da listagem nos EUA.
Qual a visão do BTG Pactual sobre esse passo da JBS?
Para o BTG Pactual, além de negociar a múltiplos mais altos, a listagem nos EUA e a adoção de diferentes classes de ações darão à JBS um poder de fogo sem precedentes para fomentar seu crescimento.
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“A capacidade de emitir novas ações sem comprometer o poder de controle dos acionistas controladores, aliada a uma valorização esperada de sua ação, permitirá que a empresa busque objetivos muito mais ambiciosos“, afirmaram os analistas Guilherme Guttilla, Gustavo Fabris e Thiago Duarte.
O relatório também destaca a estratégia da empresa, que combina investimento em aquisições (M&A), dívida e capital próprio. Neste sentido, já se tornou a maior e mais diversificada empresa de alimentos do mundo.
“Após a listagem nos EUA, esperamos que essa estratégia se intensifique e alcance uma nova escala e ambição. Em última instância, os investidores devem voltar a enxergar a JBS como uma verdadeira empresa de crescimento”, concluem os analistas.
O banco recomenda compra nas ações, com preço-alvo de R$ 48,00.
