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Lavvi tem lucro de R$ 53 mi na 1ª apresentação após IPO; XP, BTG, Safra elogiam

Perto das 16h13, a ação era negociada a R$ 7,55, com queda acumulada de 1,43% nos últimos trinta dias e de 15% nas últimas 52 semanas

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Por Ana Carolina Siedschlag, da Investing.com – Os papéis da Lavvi (SA:LAVV3), construtora focada no segmento de alta renda, subiam 3,14% nesta sexta-feira (19) após a companhia apresentar lucro líquido de R$ 53 milhões no quarto trimestre, alta de 172% na base anual, na primeira apresentação trimestral após a estreia na bolsa, em setembro de 2020.

Perto das 16h13, a ação era negociada a R$ 7,55, com queda acumulada de 1,43% nos últimos trinta dias e de 15% nas últimas 52 semanas.

O valor geral de vendas líquido de lançamentos da companhia, ou VGV, foi de R$ 329 milhões, alta de 144% em relação ao mesmo período do ano anterior. Já as vendas totais foram de R$ 353 milhões, alta de 265%.

A receita líquida para o período ficou em R$ 179 milhões, crescimento de 79% no ano, com margem líquida de 29,8%, ganho de 10,2 pontos percentuais.

A empresa fechou o trimestre com 324 unidades vendidas e com 446 em 2020.

A dívida líquida ficou em R$ 965 milhões, enquanto o patrimônio líquido era de R$ 1,3 bilhão no final do ano.

O que dizem os analistas

Para os analistas do Safra, a construtora apresentou fortes resultados operacionais no quarto trimestre, que, juntamente com uma estratégia comercial “agressiva”, contribuiu para impulsionar a receita.

Eles mantiveram a recomendação de Compra, com preço-alvo de R$ 15,70.

Entre as vantagens para investir na Lavvi, os analistas apontam que as ações vêm sendo negociadas com desconto acima de pares como Cyrela (SA:CYRE3), EZTec, Trisul (SA:TRIS3) e Even (SA:EVEN3).

Eles também elogiaram a administração, que dizem ser composta por executivos experientes e com longa trajetória no setor, “além de contar com a expertise da família Horn, que atua no setor imobiliário há mais de 50 anos”.

Também citam que a empresa tem uma das maiores margens do setor de construção residencial, o que é parcialmente explicado pela reduzida alavancagem financeira.

Já entre os riscos, citam possível dificuldade na aquisição de terrenos, que poderia limitar o plano de crescimento da companhia, o aumento das taxas de juros, a manutenção das taxas de desemprego elevadas, maior competição e inflação da construção, que pode impactar os custos do terreno, reduzindo a lucratividade.

O que dizem XP e BTG Pactual (SA:BPAC11)

Já a XP Investimentos escreve, também em relatório, que o sólido balanço patrimonial e os sólidos resultados da Lavvi abrem caminho para a companhia apresentar crescimento robusto nos próximos anos.

Eles reiteraram a recomendação de Compra e preço-alvo de R$ 11,50 por ação, além da posição de uma das nossas principais recomendações no segmento de média e alta renda.

Segundo os analistas, a geração de caixa moderada de R$ 3,9 milhões e a posição de caixa líquido de R$ 965 milhões no final do ano deve suportar o forte crescimento de lançamentos à frente.

Já os analistas do BTG Pactual também reiteraram a recomendação de Compra para os papéis, com preço-alvo de R$ 12 por ação por ver múltiplos descontados em relação ao potencial de realocação de capital da Lavvi.