Empréstimo, consórcio, financiamento, cartão de crédito… crédito. O crédito é uma operação tão comum no nosso dia a dia que raramente paramos para pensar sobre o que ele representa: “no crédito, por favor”, “ok, você tem um crédito comigo”, “peguei um crédito para financiar a minha casa”, “estou sem crédito”.
No mercado financeiro, o crédito nada mais é do que pegar um dinheiro que não está sendo utilizado pelo dono no momento presente e emprestá-lo a quem precisa desse dinheiro, mas por algum motivo não o possui.
Esse “toma lá, dá cá” de recursos é feito com a cobrança de uma taxa, os juros, que servem para remunerar a instituição que intermedeia a negociação, a pessoa que empresta, e o risco de o dinheiro não ser devolvido conforme acordado.
No planejamento financeiro, a utilização do crédito pode ser estratégica e benéfica, quando o recurso é utilizado para fazer investimentos, ou desorganizada e perigosa, quando o dinheiro é usado para bancar um estilo de vida que não condiz com a renda e condições financeiras atuais.
Idealmente, ninguém deveria buscar por crédito pessoal sem planejamento e em situações de necessidade. Quando isso ocorre, a capacidade de argumentar com o credor a redução de taxas, alongamento de prazos e concessão de garantias, está fragilizada. E um bom crédito envolve preparação, pesquisas e negociação.
Veja agora como reduzir os juros em créditos pessoais
Enquanto você se prepara para solicitar um crédito pessoal, é importante saber o que pode ser feito para reduzir os juros. Separei algumas estratégias para ajudar nesse processo:
Pesquise antes de tomar uma decisão
Se você recebeu uma pré-aprovação de crédito do seu banco, isso é um bom sinal porque o seu histórico financeiro transmite confiança aos credores. Mas raramente a primeira oferta é a melhor.
Por isso, ao pesquisar opções de crédito no mercado, é importante comparar taxas, juros e condições de pagamento para aquilo que deseja. Se pretende comprar uma casa ou um carro, embora o financiamento seja a alternativa mais comum, pesquise sobre consórcios e garantias que podem ser utilizadas para reduzir as taxas de juros. Nesses casos os principais custos a serem evitados é a tarifa de cadastro e o seguro que costuma vir junto com o crédito.
Use garantias
A maior parte dos empréstimos pessoais não são garantidos, ou seja, não possuem nenhum tipo de garantia. Mas alguns credores aceitam garantias e você pode oferecer seu carro, casa ou algum investimento que tenha.
Empréstimos com garantias são considerados menos arriscados e portanto tendem a ter juros mais baixos. Inclusive, esse processo já é um bom exercício de planejamento: se você não tem certeza da sua capacidade de pagamento e teme oferecer como garantia o seu carro ou casa, avalie se não é possível reduzir os gastos antes de pegar um empréstimo.
Reduza a sua relação dívida/ renda
Na hora de conceder um crédito, os credores avaliam não só a sua capacidade de pagar essa dívida, mas todas as outras que possam existir. Eles fazem um cálculo que analisa o total de pagamentos mensais com dívidas sobre a sua renda mensal e decidem se irão ou não conceder o crédito.
Uma relação baixa de dívida sobre a renda, ajuda a qualificá-lo para uma taxa mais baixa de juros, enquanto uma relação alta de dívida sobre a renda aumenta o custo da dívida. Se você já possui dívidas e deseja reduzir os custos associados, você pode criar uma estratégia para pagar suas dívidas ou aumentar a sua renda antes de assumir um novo compromisso financeiro.