Por Ana Carolina Siedschlag, da Investing.com – As ações da Minerva (SA:BEEF3) lideravam as altas da B3 (SA:B3SA3) desta sexta-feira (26) após a companhia registrar lucro líquido de R$ 114,1 milhões no quarto trimestre de 2020, queda de 53,2% na base anual, quando parte do resultado estava atrelado a um saldo de crédito tributário.
Perto das 11h05, o papel era negociado a R$ 9.82, com volume de R$ 53,7 milhões. A ação acumula alta de 7,08% nos últimos trinta dias e queda de 13% nas últimas 52 semanas.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da empresa alcançou R$ 616,9 milhões, alta de 2,2% sobre os R$ 603,3 milhões verificados no mesmo intervalo do ano anterior. A margem Ebitda foi de 10,8%, ante 12,4% no quarto trimestre de 2019.
Segundo os analistas da Mirae Asset, o frigorífico apresentou resultados sólidos, com aumento de receita principalmente do mercado interno, mas pressionados por custos mais caros do gado, que eles esperam que melhore ao longo de 2021.
A corretora vê demanda crescente a nível global neste ano, com desalavancagem e melhora de resultados. A recomendação de compra foi mantida, com preço-alvo de R$ 15,60.
Já os analistas do BTG Pactual (SA:BPAC11) pontuaram que o ciclo de gado negativo no Brasil e a demanda global por proteínas mais balanceada são os dois maiores desafios para a Minerva, mas que a companhia continua a sustentar sólidas margens e geração de fluxo de caixa.
Segundo eles, a recente queda dos papéis tornou os múltiplos da empresa mais baratos, o que, junto à continuidade do balanço fortalecido e à absorção das volatilidades nas margens, garante um pagamento de dividendos decentes e justifica a recomendação de compra no longo prazo.