O open finance é uma iniciativa desenvolvida pelo Banco Central do Brasil para trazer mais competitividade para o setor de crédito. De forma resumida, é um pacote de soluções tecnológicas que permite aos tomadores de crédito terem controle sobre as suas informações financeiras.
O que isso quer dizer? Para definir se uma pessoa ou empresa pode obter empréstimo (e até quanto de juros ela vai pagar), as instituições levam em consideração diversos aspectos da vida financeira das pessoas, como movimentação bancária, pagamento em dia das contas, volume de transações realizadas.
Porém, até recentemente, caso você fosse correntista de um banco, apenas aquela instituição teria à disposição todas as suas informações. Ou seja, apenas naquele banco seria possível conseguir empréstimo com as melhores condições possíveis, uma vez que apenas ele consegue mensurar com exatidão o seu risco, por conhecer o seu histórico de “bom pagador”
O que o open finance tem como objetivo mudar é justamente isso: ao possibilitar que as suas informações possam ser “levadas” para qualquer outro banco ou instituição. Com isso, os bancos e fintechs de crédito terão condições de competir em condições iguais para oferecer as melhores oportunidades para o consumidor, trazendo processos de aprovação mais ágeis e melhores taxas ofertadas.
Outra vantagem de utilizar o open finance é que, por se tratar de uma comunicação direta com o seu banco, diminui o risco de fraudes, como outras pessoas forjarem documentos e pedirem empréstimos no seu nome.
Nesta entrevista, o CEO da Money Money, Marcos Travassos, fala sobre as novas oportunidades que o open finance (também chamado de open banking) trará para as fintechs de crédito. Confira!
Mas como eu levo a informação de lá para cá?
Um dos grandes diferenciais do open finance é possibilitar esse intercâmbio de informações ao mesmo tempo em que garante a segurança dos usuários. Tendo em vista essa nova realidade, as instituições financeiras já estão criando plataformas específicas para compartilhamento de dados sem que haja risco de roubo de informações ou movimentações bancárias não autorizadas.
Contudo, muitas partes desse processo ainda geram dúvidas na cabeça dos usuários e uma delas faz muito sentido: ao buscar crédito utilizando o open finance, a empresa tomadora de crédito pede a senha bancária para ter acesso às movimentações financeiras.
Mas, como assim? O banco sempre alertou que a senha não deve ser compartilhada com ninguém. O que fazer em uma situação como essa?
A verdade é que existem duas senhas: a senha eletrônica e a senha de transação.
Diferentes senhas para a sua segurança
Embora ainda não haja uma padronização dos sistemas de open finance, os bancos têm criado plataformas próprias para se conectarem às instituições de crédito. E, aqui, vale o aviso: em caso de dúvidas, procure a sua instituição bancária para entender em detalhes como tudo funciona antes de compartilhar qualquer dado.
Dito isso, vamos explicar como funciona: ao buscar crédito, o interessado fornece à instituição financeira a sua senha eletrônica que dá acesso às informações do open finance.
Com ela, a empresa (ou plataforma responsável pelo open finance) pode fazer apenas a leitura das suas movimentações financeiras, como saldos, investimentos e pagamentos realizados.
Assim, conseguimos ter uma visão real da saúde financeira da empresa e podemos oferecer as melhores condições possíveis para captação de crédito junto aos nossos investidores.
Porém, fica o alerta: nenhuma instituição financeira pedirá a sua senha de transação. Ela é que permite a movimentação de valores e autoriza transações e pagamentos e, por isso, não deve ser compartilhada com ninguém.
Outro detalhe importante é que você pode tirar o acesso de qualquer instituição financeira quando quiser, utilizando a opção de desconectar. a plataforma.