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Ouro Preto Investimentos aposta em diversificação para crescer dois dígitos em 2021

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Apesar do impacto causado pela pandemia da Covid-19 na economia, a Ouro Preto Investimentos cresceu dois dígitos em 2020. “A cada dia que passa, temos um fortalecimento maior das gestoras independentes no Brasil. Todo esse mercado cresceu entre 20% e 30% em 2020, inclusive nós. Evoluímos nos valores sob gestão e em novas operações”, afirma João Baptista Peixoto Neto, sócio-diretor da gestora de recursos de terceiros.

Segundo Peixoto, o objetivo para 2021 é repetir o feito. Para alcançar a meta, a gestora apostará na diversificação de produtos e serviços e no aumento da sua presença entre pequenos investidores. O portfólio de produtos acompanhará as principais tendências do mercado, como fundos de cunho socioambiental (ESG), de fomento ao mercado editorial, de investimento em imóveis rurais e em ativos de outros países.

Nesta entrevista, o executivo fala sobre o cenário econômico e as estratégias da gestora de recursos para seguir crescendo.

A gangorra da economia

“Este ano foi uma gangorra. Com a chegada da pandemia, em março, os ativos perderam valor e houve uma fuga de capital estrangeiro da bolsa. Também surgiu uma natural preocupação com a escassez de crédito, que no momento inicial ficou mais restrito. Porém, foi por um tempo muito curto, pois as pessoas continuaram pagando as dívidas e comprando. O governo também despejou dinheiro na economia, o que evitou uma crise maior. Alguns setores sofreram, mas no geral as empresas conseguiram se virar com crédito”, avalia Peixoto.

Na análise do executivo, a economia brasileira se recuperou bem do golpe da pandemia. “Esperávamos uma crise econômica de proporções muito maiores do que foi. Tivemos uma grande recuperação da bolsa no final do ano, puxada pela baixa taxa de juros que favoreceu investimentos no setor imobiliário, private equity, entre outros”, explica.

Nesse cenário, o desempenho dos fundos da Ouro Preto Investimentos foram mais do que satisfatórios. “Todos nossos fundos abertos foram muito bem. Temos crédito privado com rentabilidade de 300% do CDI e nosso objetivo é sempre rentabilizar acima das referências. No Ibovespa, 20% a 30% acima; na renda fixa, 120% do CDI, que é muito para um fundo que tem 80% de títulos públicos. No crédito privado, nossa meta é 250% do CDI”, detalha o executivo.

O sócio-diretor da Ouro Preto Investimentos avalia que o cenário futuro é de crescimento. “O mercado de capitais vai crescer nos próximos cinco anos. Vai ter um boom de fundos de private equity, fundos de investimentos imobiliários e de crédito. Nosso objetivo é ficar acima dessa média do mercado, trazendo cada vez mais produtos que tenham maior retorno com menor risco”, afirma.

Pandemia acelerou tendências

Para Peixoto, a diretriz do Banco Centralaos juros deve ser mantida, o que continuará a trazer benefícios para as gestoras independentes de investimento em 2021.

“A política econômica de juros baixos e o dólar valorizado geraram um pouco de inflação de alimentos, mas que voltará aos patamares normais. A inflação que assusta é a de serviços. Essa nós não sentimos e não a veremos a menos que aconteça um efeito cascata inflacionário, no qual eu não acredito. Por outro lado, com os juros baixos, veremos neste ano o mesmo movimento de 2020, com valorização das gestoras independentes e aumento dos investidores de varejo”, analisa.

Esse cenário, diz ele, não se explica apenas pela conjuntura de exceção trazida pelo novo coronavírus, mas é parte de uma tendência para o mercado nacional. “Os investimentos sempre estiveram dentro dos bancos e, há algum tempo, percebemos o movimento de desbancarização, com uma procura maior por plataformas de investimentos e carteiras administradas. Eu digo que é nacional porque em economias como a norte-americana esse modelo já é uma realidade há um bom tempo. Agora está ganhando força no Brasil, com seu crescimento intensificado pela crise”, explica Peixoto.

Na sua opinião, o sucesso dos fundos de investimento não se deve apenas a vantagens para os investidores, mas também reflete a demanda de empresas por crédito. “Os tomadores de recurso estão cada vez mais recorrendo aos fundos como alternativa para conseguir financiamento para seus projetos”, avalia.

Novos fundos, serviços e mais espaço para pequenos investidores

Em 2021, a Ouro Preto Investimentos lançará novas opções de fundos e um serviço de distribuição pela própria empresa. “Nossos produtos abrangem quase todos os tipos de ativo que estão no mercado, como fundos imobiliários, fundos ESG, fundos de participação, fundos que investem em outros fundos e crédito privado. Neste ano teremos também fundos de investimento no mercado editorial, para imóveis rurais e em ativos no exterior. Estamos também estruturados para passar a distribuir nossos próprios fundos ao longo de 2021. Já temos autorização da CVM (Comissão de Valores Mobiliários), só precisamos estruturar o departamento de acordo com as regras para começar”, afirma João. Segundo ele, esse serviço terá atendimento personalizado.

As novas aplicações serão dirigidas a diferentes perfis, desde pequenos investidores até investidores qualificados (com capital acima de R$ 1 milhão) e profissionais (acima de R$ 10 milhões). No caso dos fundos de investimento internacional, por exemplo, uma regra da Comissão de Valores Mobiliários (CVM – Instrução 555) impede a participação de pequenos investidores em fundos com capital 100% investido no exterior. “No momento, esse fundo é só para investidores qualificados e profissionais, pois será investido totalmente em ativos de diferentes países. Caso a legislação mude abriremos também para pequenos investidores”, afirma o sócio-diretor.

Está na pauta da empresa também abrir cada vez mais espaço para pequenos investidores, que além de terem à disposição um cardápio diversificado de fundos para investimento (inclusive com as novas opções citadas acima, para imóveis rurais, ESG e mercado editorial, que não têm restrição da CVM), também poderão contar com novas opções de plataformas digitais. “Este ano pretendemos focar ainda mais nesse segmento. Trabalharemos em 2021 com novas plataformas de investimento, algumas novas no mercado e outras que estão expandindo, com o objetivo de crescer a nossa base de investidores de varejo”, anuncia.

A outra linha de serviços da empresa, dedicada à gestão de patrimônios (multifamily office), vai passar a oferecer carteiras administradas aos clientes. O objetivo é proporcionar mais comodidade na experiência de investimentos e dar acesso a outros ativos, além dos fundos. “Poderemos aplicar nos nossos fundos e em produtos de outras gestoras. A ideia é nos aproximarmos desse cliente e apresentar opções de investimento do mundo inteiro”, explica o executivo.

Empreendedorismo e inovação

Peixoto acredita que “as startups também tendem a crescer com a taxa de juros baixa”. Para o sócio-diretor, em momentos em que a renda fixa não atende às expectativas, as pessoas se voltam para a “economia real” e investem em empresas que consideram promissoras, buscando rentabilizar com seu sucesso. O processo vale tanto para investidores qualificados, por meio de fundos de venture capital, quanto para investidores de varejo, que estão aplicando em empresas por meio de plataformas de crowdfunding.

Os clientes da Ouro Preto Investimentos podem investir nesse mercado por meio de um FIP (Fundo de Investimento em Participações), o Ouro Preto Seed Capital Fundo de Investimento em Participações,  que mantém no mínimo 90% de seu patrimônio em títulos ou valores mobiliários representativos de participação em empresas iniciantes com grande potencial de valorização.

As startups que recebem aportes desse fundo são de diversos setores, entre eles financeiro, alimentação e saúde. Para selecioná-las, a Ouro Preto Investimentos possui critérios rígidos que avaliam seu potencial de crescimento com base na capacidade de inovação e execução. E, segundo Peixoto, um dos quesitos mais valorizados é a digitalização. “O campo digital permite que você ganhe escala rapidamente. Empresas de educação com aulas on-line e de medicina serão as mais visíveis, mas todas que apresentarem aumento de eficiência, produtividade e forem escaláveis têm chance de sucesso”, finaliza.

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As informações e resultados contidos nesse texto são de caráter exclusivamente informativo. A rentabilidade passada não representa garantia de rentabilidade futura. Fundos de investimento não contam com a garantia do administrador, do gestor da carteira, de qualquer mecanismo de seguro ou, ainda, do Fundo Garantidor de Créditos (FGC). Os fundos de crédito privado estão sujeitos a risco de perda substancial de seu patrimônio líquido em caso de eventos que acarretem o não pagamento dos ativos integrantes de sua carteira.